Coates voltou a ser o anjo-da-guarda do Sporting

“Leões” juntam-se a FC Porto na liderança do campeonato, após somarem a nona vitória na prova, frente ao Vitória de Guimarães

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Coates superiorizou-se nas alturas aos adversários EPA/MARIO CRUZ

Mais uma vez pela margem mínima, o Sporting somou o nono triunfo no campeonato, ultrapassou o Benfica na classificação e juntou-se ao FC Porto no topo da prova. Em vésperas de receber os turcos do Besiktas para a Liga dos Campeões, a vitória frente ao complicado Vitória de Guimarães (1-0) reforça o moral aos “leões”, que voltaram a ser salvos por Sebastián Coates.

Com as duas equipas a atravessarem o melhor momento de forma esta temporada a partida decorreu intensa desde o apito inicial. Se o empate frente ao Benfica (3-3) para a Taça da Liga serviu para moralizar os minhotos neste confronto com outro “grande” de Lisboa, os “leões” entraram em campo com a notícia do empate dos “encarnados”, instantes antes, no terreno do Estoril (1-1). Um triunfo permitiria à equipa de Alvalade ultrapassar o conjunto de Jorge Jesus e juntar-se ao FC Porto na liderança do campeonato.

Após dez minutos iniciais em que os vitorianos procuravam comprovar a indicação da véspera do seu treinador de que iriam lutar pelos três pontos, o Sporting assumiu o jogo. Os homens da casa já tinham deixado um forte aviso, logo aos 5’, no primeiro lance de perigo na área adversária, quando Pedro Gonçalves - que prolongou o seu contrato com os “leões” e passou a ter uma cláusula de transferência de 80 milhões de euros – desperdiçou uma oportunidade soberana, após uma enorme falha de concentração da defesa visitante.

Hélder Sá escorregou quando procurava interceptar um cruzamento de Paulinho, deixando a bola à mercê do melhor marcador da época transacta, que não conseguiu bater Bruno Varela. Do lado contrário, a resposta chegou sete minutos depois, na sequência de um livre, com Adán a defender em voo um remate de Handel.

Os lisboetas acusaram o susto, começaram a pressionar mais alto, com as subidas no terreno dos médios Paulinho e, principalmente, Matheus Nunes. Com três ou quatro passes os sportinguistas chegavam a zonas de finalização e acabaram mesmo por marcar aos 27’, por Pedro Gonçalves, mas Sarabia, que o assistiu, estava em fora-de-jogo. O espanhol voltaria a ser encontrado em posição irregular em cima do intervalo, quando marcou ele próprio.

Entre estes dois lances, acabou mesmo por festejar o golo da sua equipa, depois de cobrar um canto que Paulinho, ao primeiro poste, ajeitou de cabeça para a entrada de rompante de Coates para apontar, também de cabeça, o seu segundo golo neste campeonato, o quarto da temporada em todas as competições.

Face ao “acidente” do Benfica no Estoril, o Sporting entrou para a segunda metade em busca do golo do conforto, que evitasse um percalço idêntico ao do seu grande rival da capital. Pouco após o apito de reinício, Matheus Nunes, assistido por Pedro Gonçalves, ficou frente-a-frente com Varela, mas rematou de primeira ligeiramente ao lado.

Sem diminuir a agressividade, o conjunto de Ruben Amorim mostrou-se mais tranquilo no jogo, mas mantinha o adversário vivo no encontro. Mostrou isso mesmo, aos 69’, quando André Almeida rematou ligeiramente por cima, sobressaltando as bancadas.

Dois minutos antes, para agitação dos adeptos, Pepa fez entrar em campo o imprevisível Ricardo Quaresma, que trouxe uma nova confiança aos seus companheiros e foi empurrando a equipa para a área adversária, fazendo uso da sua qualidade técnica.

Rúben Amorim procurou reequilibrar a equipa defensivamente, chamando o médio Ugarte para o lugar de Pedro Gonçalves, mas não travou o ascendente dos minhotos na derradeira fase do encontro, quando já faltava esclarecimento ofensivo aos seus jogadores. Acabou por não ter nenhuma surpresa desagradável, em vésperas de um importante compromisso na Champions, que poderá render mais alguns milhões aos cofres sportinguistas.

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