Na Womex há vozes a clamar por igualdade – assim as fronteiras o permitam
Com a feira da Womex em velocidade de cruzeiro, a Alfândega do Porto é tomada por discussões sobre a mobilidade e a sub-representação durante o dia. À noite, mandam os deslumbramentos com concertos de Bab L’Bluz, Atine, La Perla ou Dongyang Gozupa.
Nayda!, título do primeiro álbum dos franco-marroquinos Bab L’Bluz, é um termo do dialecto darija – o árabe coloquial de uso quotidiano em Marrocos – que, contou a cantora Yousra Mansour em conversa com o PÚBLICO, significa tanto “festa” como “despertar”, enquanto apelo a romper com a letargia. Nayda é palavra que baptizou também um movimento jovem contemporâneo da chegada ao poder do rei Mohamed VI, em 1999, e que Mansour descreve como tendo sido “uma revelação”, ao abrir as portas para uma maior liberdade artística, ao instigar a juventude a expressar-se contra as várias formas de opressão locais e ao convencê-la de que “um dia, poderia realmente subir a um palco”.
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