Chumbo do OE impede duplicação prevista do Fundo Social do Bombeiro

A proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2022, previa um aumento do financiamento permanente para as associações humanitárias de bombeiros superior a um milhão de euros face a 2021. Eduardo Cabrita disse acreditar que “esta medida positiva terá continuidade” em próximos orçamentos.

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Rui Oliveira

O chumbo da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2022 vai impedir a duplicação do financiamento do Fundo Social do Bombeiro, disse este sábado, em Santarém, o ministro da Administração Interna no congresso da Liga dos Bombeiros Portugueses.

“O OE continha diversas matérias, designadamente a duplicação do Fundo Social do Bombeiro, que aumentava de 3% para 6% no seu modelo de financiamento”, afirmou Eduardo Cabrita, acrescentando acreditar que “esta medida positiva terá continuidade” em próximos orçamentos.

O governante destacou ainda, na proposta de OE chumbada, o aumento em 3,7% das transferências financeiras e o financiamento extraordinário de 2,5 milhões de euros no âmbito da pandemia de covid-19 para as associações de bombeiros.

A proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2022, previa um aumento do financiamento permanente para as associações humanitárias de bombeiros superior a um milhão de euros face a 2021, o que representa um aumento de 3,7%, estando previsto um orçamento de referência de 29,7 milhões de euros.

A LBP exigiu que o financiamento às corporações de bombeiros fosse de 32,5 milhões em 2022, em vez dos cerca de 29,7 milhões de euros.

No 44º Congresso da Liga de Bombeiros Portugueses (LBP), Eduardo Cabrita disse que, nos últimos quatro anos, foi possível aumentar de 169 para 551 as equipas de intervenção permanente, na senda da “crescente profissionalização” do sistema nacional de protecção civil.

Medalha para Jaime Marta Soares 

O ministro atribuiu a Medalha de Mérito-Grau Ouro a Jaime Marta Soares, o presidente da LBP, que vai manter-se no cargo até ao final deste ano.

“Jaime Marta Soares termina hoje o seu ciclo como presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, é uma voz única e singular, reivindicativa, exigente e contribuiu muito, enquanto voz dos bombeiros voluntários, para o robustecimento do sistema de protecção civil”, considerou o governante.

O seu sucessor é hoje escolhido no congresso ordinário da instituição, apresentando-se às eleições dois candidatos: António Nunes, antigo inspector-geral da ASAE, e António Carvalho, presidente da federação dos bombeiros do distrito de Lisboa.