Anunciadas mais supressões de carreiras fluviais da Transtejo entre Almada e Lisboa
Ainda não há acordo entre o Governo, a empresa e os sindicatos subscritores do Acordo de Empresa.
A Transtejo alertou nesta segunda-feira para a interrupção temporária do transporte de veículos entre Trafaria (Almada) e Belém (Lisboa) na terça-feira, mantendo a suspensão da ligação fluvial entre Cacilhas e Lisboa nas noites de hoje e de sexta-feira.
No seu site na internet, a empresa que gere os transportes fluviais entre Lisboa e a margem sul do Tejo explica que, “por motivo de falta de recursos humanos operacionais, não é possível garantir a realização de todas as carreiras previstas”, prevendo-se para esta segunda-feira e para a próxima sexta-feira uma interrupção do serviço no período nocturno.
As últimas carreiras previstas para hoje e para sexta-feira realizam-se às 21h27 no sentido Cacilhas - Cais do Sodré e às 21h40 no sentido Cais do Sodré - Cacilhas.
As primeiras carreiras após a interrupção deverão já ocorrer na terça-feira e no sábado, estando o reinício previsto para as 00fh05 entre Cacilhas e o Cais do Sodré e para as 00:20 entre o Cais do Sodré e Cacilhas.
A Transtejo/Soflusa (TTSL) anunciou também a interrupção temporária, entre as 10h00 e as 16h30, do serviço de transporte de veículos entre Trafaria - Porto Brandão -- Belém.
A última carreira antes da interrupção parte da Trafaria às 09h30 e a primeira carreira após a interrupção parte de Belém às 16h30.
As perturbações dos serviços entre Lisboa e os municípios da margem sul, no distrito de Setúbal, servidos por transporte fluvial têm sido frequentes em Setembro e Outubro, atingindo o Montijo, o Seixal e Cacilhas e Trafaria, em Almada.
No passado fim-de-semana foi afectada a ligação entre Lisboa e o Montijo, com a suspensão do serviço no sábado, a partir das 13h00, e da carreira Cais do Sodré - Montijo, no horário das 21h30 de domingo.
Contactado pela Lusa, o Ministério do Ambiente e da Acção Climática salientou “nada ter a acrescentar, neste momento”, sobre esta situação.
Na sexta-feira, o ministério alertava para a existência de “transportes alternativos enquanto durarem os constrangimentos operacionais”, referindo-se à supressão de carreiras fluviais na ligação Lisboa - Montijo, salientando que “continua a procurar uma solução definitiva para os constrangimentos operacionais que afectam as ligações fluviais na área metropolitana de Lisboa”.
Quanto ao Montijo, que este mês já teve perturbações em três dias distintos, o ministério salientou que “os detentores de passagens válidas poderão, no caso de supressão da ligação, usar um serviço rodoviário dedicado, que fará a ligação ao terminal do Barreiro” e daí “usar a ligação fluvial entre esta cidade e Lisboa”.
O detalhe sobre as perturbações previstas pode ser consultado no site da empresa TTSL.
A Lusa voltou a contactar a Transtejo para mais esclarecimentos, mas não obteve resposta.
O Governo, a empresa e os sindicatos subscritores do Acordo de Empresa reuniram-se na passada semana para “encontrar soluções que permitam alcançar o desejado acordo” para que a situação seja ultrapassada, o que ainda não aconteceu.
A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital.