La Palma: um mês de lava e destruição de um vulcão “inimigo” que não dá sinais de abrandar

Vulcão Cumbre Vieja continua em actividade na ilha espanhola das Canárias. Lava engoliu cerca de 750 hectares, destruiu quase duas mil casas e fez perto de sete mil desalojados.

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O fumo e as cinzas são uma constante há um mês em La Palma SUSANA VERA/Reuters

Muita coisa mudou em La Palma, nas Canárias, desde que, no dia 19 de Setembro, o vulcão Cumbre Vieja entrou em erupção. As escoadas de lava avançaram e engoliram uma vasta área da ilha espanhola, cobrindo ou destruindo tudo o que lhes apareceu à frente, até chegarem ao mar. Os rugidos do vulcão, hoje com nove pontos de emissão, são o ruído de fundo que já ninguém estranha. Tal como ninguém estranha o tremer da terra. Casas, terrenos agrícolas, florestas e estradas inteiras foram arrasadas ou cobertas por um espesso manto negro. Milhares ficaram sem tecto, centenas sem sustento. Mas há algo que não mudou: a noção de que a tragédia ainda está longe do seu fim.

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