Covid-19: intensidade epidémica passa de moderada a “reduzida” em Portugal. Mortalidade com “tendência decrescente”
São vários os indicadores de evolução da pandemia em Portugal que apresentam uma tendência decrescente. O índice de transmissão da doença - R(t) - apresentou valor inferior a 1, “indicando uma tendência decrescente da incidência de infecções por SARS-CoV-2 a nível nacional (0,89) e em todas as regiões”, revelam o Insa e a DGS.
A “actividade epidémica” associada ao vírus SARS-CoV-2 continua a registar uma “tendência decrescente” em Portugal, e a intensidade passou de “moderada”, na semana passada, a “reduzida”, esta sexta-feira. Os dados constam do relatório de Monitorização das Linhas Vermelhas para a covid-19 divulgado esta sexta-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Insa). O balanço dá ainda conta de “uma reduzida pressão nos serviços de saúde e impacto na mortalidade com tendência decrescente.”
De acordo com a análise das autoridades de saúde as mortes específicas por covid-19 estão a diminuir no país. “A mortalidade específica por covid-19 (8,4 óbitos em 14 dias por 1.000.000 habitantes) apresenta uma tendência decrescente, o que revela um impacte reduzido da pandemia em termos de mortalidade por covid-19 (menor que dez óbitos por milhão em 14 dias)”, refere o relatório.
Além destes indicadores, também no número de novos casos de infecção por SARS-CoV-2, por 100.000 habitantes, nos últimos 14 dias, se verificou uma “tendência decrescente a nível nacional”, que foi de 98 casos. “Nenhuma região apresentou uma incidência superior ao limiar de 240 casos em 14 dias por 100.000 habitantes.”
O índice de transmissão da doença - R(t) - apresentou, de 22 a 26 de Setembro, valor inferior a 1, “indicando uma tendência decrescente da incidência de infecções por SARS-CoV-2 a nível nacional (0,89) e em todas as regiões.”
Já o número de doentes internados em unidades de cuidados intensivos (UCI) no continente revelou também uma tendência decrescente, “correspondendo a 27% (na semana anterior foi de 29%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas.”
A variante Delta (B.1.617.2), originalmente associada à Índia, continua a ser a variante dominante em todas as regiões, com uma frequência relativa de 100% dos casos avaliados de 13 a 19 de Setembro em Portugal.
A nível nacional, a proporção de testes positivos entre o total de testes realizados ao SARS-CoV-2 foi de 1,2% (na semana anterior foi de 1,6%) “encontrando-se abaixo do limiar definido de 4,0%”. Além disso, foi observado um aumento do número de testes para detecção do vírus realizados nos últimos sete dias, que foi de 387.647 testes (341.685 testes no último relatório).
Já no que toca à proporção de casos confirmados notificados com atraso, a percentagem foi de 4,7% (na semana passada foi de 8,1 %), mantendo-se abaixo do limiar de 10,0%.