Na mesa do Congresso dos Cozinheiros vão estar as pessoas, a natureza e a gastronomia
O espanhol Dabiz Munõz, que acaba de ser distinguido com o primeiro lugar no The Best Chef Awards, é um dos convidados internacionais. Criatividade, conexão africana, desperdício e mundo vegetal são alguns dos temas.
As pessoas, a forma como se relacionam umas com as outras e com a natureza, e a gastronomia como elo de ligação de tudo isto – o Congresso dos Cozinheiros, que tem como tema Pessoas, Natureza, Gastronomia, está de volta, nos dias 17 e 18 de Outubro, e volta a ser presencial, mantendo, no entanto, uma dimensão digital.
O ponto de encontro do mundo da gastronomia nesta 17º edição do congresso serão os Nirvana Studios, em Oeiras, onde, em dois palcos, passarão durante os dois dias mais de 50 oradores nacionais e internacionais, com destaque para Dabiz Muñoz, do DiverXO (três estrelas Michelin), em Madrid, que acaba de ser distinguido como melhor chef do mundo nos The Best Chef Awards e que encerrará o dia 17.
“Que atenção demos a nós próprios e aos outros? Perante estes desafios humanos, mudámos todos. Quanto e como?”, escreve Paulo Amado, o responsável pelas Edições do Gosto e organizador do encontro, num número da revista InterMagazine dedicado precisamente ao congresso. “Era bom aproveitar para rever os desequilíbrios que abrigamos”, acrescenta. Em 2020, em plena pandemia, o congresso centrou-se no tema da saúde mental dos cozinheiros.
Uma das formas de o fazer é reforçar os laços com o Brasil e com África e explorar “o papel da cultura alimentar afro-descendente na identidade gastronómica de Portugal e do Brasil”. Para falar dessa “conexão africana”, subirão ao palco o português André Magalhães da Taberna da Rua das Flores, em Lisboa, no dia 17 às 10h30, e no dia 18, às 11h10, Ieda de Matos e José Carmo da Casa de Ieda, e Bel Coelho, do Cuia, ambos em São Paulo.
Muitos outros temas serão debatidos ao longo dos dois dias, da gestão dos restaurantes à criatividade, do vinho ao combate ao desperdício nas cozinhas. Entre os convidados, estão nomes como Maria Gómez, do Magoga, em Múrcia, Espanha, onde desenvolve uma comida inspirada por Cartagena, na Colômbia, ou Ignacio Echapresto do restaurante Venta Moncalvillo, que, acompanhado pelo irmão Carlos, responsável pela sala e garrafeira, falará das técnicas de biodinâmica que utiliza na sua horta e da importância dos ciclos lunares na produção.
Do universo dos chefs portugueses estarão representadas todas as gerações e todos os estilos, da Ameaça Vegetal dos Food Riders, com Damian Irizarry, Diogo Noronha e Marta Fea, até João Rodrigues, do Feitoria, Alexandre Silva, do Loco, e Henrique Sá Pessoa, do Alma, que na última apresentação do congresso, dia 18 às 18h45, discutirão “A luta verde e o futuro do fine dining”.
Também no dia 18 acontece a final da prova O Melhor Pastel de Nata 2021. A par do congresso, vai ser possível explorar, entre 8 e 23 de Outubro, uma rota pelos melhores restaurantes de Oeiras, o município anfitrião.
Os bilhetes já estão à venda no site oficial e custam 45€ para um dia e 80 € para os dois dias.