Ana Rita Bessa sai da bancada do CDS

Deputada alega descontentamento com a direcção de Francisco Rodrigues dos Santos

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Ana Rita Bessa cumpria o segundo mandato na Assembleia da República Rui Gaudencio

Ana Rita Bessa vai deixar de ser deputada do CDS por considerar que o trabalho parlamentar tem sido desvalorizado pela actual direcção do partido. A notícia foi avançada por vários órgãos de comunicação social e confirmada pelo PÚBLICO. 

Eleita pela primeira vez em 2015, quando Paulo Portas ainda era líder do CDS, Ana Rita Bessa fez parte do núcleo duro de Assunção Cristas e apoiou João Almeida no congresso de Janeiro de 2020 em que venceu o actual presidente, Francisco Rodrigues dos Santos. Em Fevereiro deste ano, a centrista apoiou Adolfo Mesquita Nunes quando o ex-vice-presidente desafiou Francisco Rodrigues dos Santos para uma disputa eleitoral interna antecipada.

A deputada, que abdica do mandato já na sexta-feira, queixa-se de “não ver ambição”, de “não haver reuniões” e de não encontrar “sentido útil” no seu trabalho, de acordo com o Expresso. O actual grupo parlamentar de cinco deputados tem tido uma relação difícil com a direcção de Francisco Rodrigues dos Santos. Economista de formação, Ana Rita Bessa trabalhava na área editorial de educação antes de ser eleita para a Assembleia da República.

A deputada foi coordenadora da comissão de educação na anterior legislatura e esteve envolvida na polémica crise dos professores, em Maio de 2019, quando se formou uma coligação negativa no Parlamento que levou o Governo a ameaçar demitir-se. 

O nome que deverá substituir Ana Rita Bessa é Isabel Galriça Neto, que liderou a lista do PSD/CDS à Assembleia Municipal de Lisboa e que foi eleita.  

Já na manhã desta terça-feira, em declarações à TSF, o ex-autarca lisboeta João Gonçalves Pereira defendeu a necessidade de ser feita uma “clarificação da estratégia, sob pena de estarmos perante uma possível fusão com o PSD”. Gonçalves Pereira mostrou-se ainda de acordo com Adolfo Mesquita Nunes, outro crítico da direcção de Rodrigues dos Santos, afirmando que, olhando para estas autárquicas, quando o CDS foi sozinho a eleições teve um “resultado manifestamente preocupante”.

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