Duster volta a baralhar para dar cartas no essencial a baixo custo

Com quase dois milhões de unidades vendidas ao fim de 11 anos de vida, o SUV da Dacia quer manter a fórmula de sucesso, a começar pelo preço sem igual.

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Dacia Duster 2021 DR
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Caso sério de sucesso de vendas, o Duster renasce sob as mesmas premissas com que foi idealizado desde o primeiro dia: um SUV para responder às expectativas essenciais do cliente, apostando numa política de preço baixo que permitiu a sua democratização já foram vendidas, desde o lançamento em 2010, mais de 1,9 milhões de unidades. E não se pense que é visto como um produto de segunda: o Dacia Duster é, quase desde o início, objecto de culto e mote para vários clubes, espalhados por quase todos os mercados onde existe, Portugal incluído.

Agora, neste facelift, o Duster não rompe com o passado (afinal, não se trata de uma nova geração), mas antes mostra uma evolução: o corpo de SUV robusto é mantido, mas os faróis com luzes diurnas em Y (o mesmo desenho sobressai nas ópticas traseiras) e tecnologia LED (com activação automática de máximos de série) e a grelha foram redesenhados no sentido de transmitirem “uma sensação de uma personalidade mais forte e vincada”, com cunho de uma nova personalidade ditada por um logo mais contemporâneo e com dedo do novo director de design Miles Nurnberger, que trocou o requinte da Aston Martin pela racionalidade da Dacia. Na parte de trás do carro, destaque para um novo spoiler traseiro que, conjugado com novas jantes de 16” e 17” e as luzes LED, ajudou a obter uma redução de CO2.

Por dentro, de destacar a consola central sobrelevada, com um apoio de braços retráctil e um compartimento para arrumar mais de um litro e cuja integração permitiu oferecer, em algumas versões, duas tomadas USB para os passageiros traseiros (os da frente também têm duas entradas).

No campo da conectividade e do infoentretenimento, além do equipamento de áudio Dacia Plug & Play (rádio, MP3, USB e ligação Bluetooth), estão disponíveis dois novos sistemas multimédia: Media Display e Media Nav, geridos através de um novo ecrã táctil de 8” e compatíveis com Apple CarPlay e Android Auto.

Nas mecânicas, promete dar cartas o bi-fuel Eco-G 100, que casa a gasolina com o GPL e que, graças ao aumento do depósito do último, oferece uma autonomia de até 1235 km. A mudança de gasolina para GPL está à distância de um botão e nada no funcionamento do carro denuncia a passagem, como pudemos comprovar. Já o impacto na carteira é notório, com os consumos de GPL médios anunciados em 3,8 kg/100 km, o que significa que percorrer tal distância custará pouco mais de 2,50€. E, mesmo que se abuse do acelerador e o valor passe para o dobro, continuará a ser uma enorme poupança face ao gasolina ou mesmo ao diesel.

Apenas com tracção dianteira, o bi-fuel chega acoplado com caixa manual de seis velocidades, como, aliás, as motorizações apenas a gasolina TCe 90 (4x2), TCe 130 (4x2) e TCe 150 (4x4) – no caso da última, acresce a estreia da caixa de dupla embraiagem EDC, mas somente nas versões de duas rodas motrizes. O bloco a gasóleo dCi 115, que pode apresentar duas ou quatro rodas motrizes, é proposto com caixa manual de seis velocidades.

Para os amantes do todo-o-terreno, uma nota particular: o novo Duster não desilude, com uma altura ao solo de 217mm na versão 2WD e 214mm na 4x4; um ângulo ventral de 21°; de ataque de 30°; de saída de 34° (2WD) e 33° (4x4). E, se equipado com Media Display ou Media Nav, inclui um sistema Monitor 4x4 que mostra, no ecrã central, inclinómetro lateral (mostra o ângulo entre os lados esquerdo e direito do automóvel), ângulo de inclinação; bússola e altímetro.

Os preços são Dacia: a partir de 14.400€, sendo que a versão a gasóleo 4WD com equipamento de topo pode ser adquirida a partir de 24.200€.

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