A bordo de um catamarã no rio Tejo, a BMW anunciou, na última semana, que a plataforma BMW Points estará disponível em território nacional a partir de Novembro.
O serviço, que pode ser utilizado nos modelos híbridos plug-in BMW 330e, BMW 745e, BMW X5 xDrive45e e BMW 530e, funciona com base na acumulação de pontos na aplicação My BMW, que poderão depois ser convertidos em carregamentos nos postos públicos. Na prática, por cada quilómetro percorrido em modo eléctrico, o condutor ganha um ponto que pode ser descontado num futuro carregamento. Se este quilómetro for ainda feito nas BMW eDrive Zones, isto é, zonas urbanas sem emissões, o condutor ganha dois pontos.
A plataforma, desenvolvida em conjunto com a empresa portuguesa Critical TechWorks, pretende assim motivar o cliente a conduzir em modo eléctrico, de forma a ser possível atingir uma das principais medidas definidas pela marca automóvel — diminuir as emissões de CO2 nas grandes cidades.
Para tal, a BMW também desenhou as e-drive zones, áreas em que os carros híbridos de ligar à corrente mudam, automaticamente, para o modo 100% eléctrico e que já estão a ser aplicadas em 80 cidades europeias, Braga, Lisboa e Porto incluídas.
“Enquanto representantes da BMW, acreditamos que temos uma enorme responsabilidade para com o ambiente e levamos muito a sério as regulações acerca da matéria, bem como temos em consideração que há cada vez mais países que não querem carros a poluir as suas cidades, e isso é muito importante para nós porque é esse o ecossistema dos nossos consumidores”, admitiu a directora de Comércio e Clientes da BMW, Kerstin Meerwaldt, que é também a representante da estratégia de sustentabilidade da marca automóvel.
A BMW, que segundo Meerwaldt, já conseguiu reduzir consideravelmente a sua pegada ecológica, quer fazer ainda mais e melhor, comprometendo-se a cumprir diversos objectivos até 2030. “Para nós, não chega pensarmos só em 2050, porque as alterações climáticas estão a acontecer agora e é preciso definir metas concretas muito antes disso, das quais possamos ser realmente responsáveis pela sua concretização”, explicou a representante do grupo BMW.
Entre a lista das prometidas medidas, a marca pretende cumprir com o limite de 1,5 graus de temperatura média definido pelo Acordo de Paris, garantir que 50% das peças automóveis sejam recicladas nos próximos anos, bem como diminuir em 80% as emissões de CO2 relativas à produção até 2030. Apesar de a frota eléctrica ainda só representar 25% das vendas, a BMW prevê conseguir vender dez milhões de carros do tipo na próxima década, acelerando assim o passo em direcção ao fim de carros novos com mecânicas térmicas, decretado pela UE para 2035.
Texto editado por Carla B. Ribeiro