Reconfiguração do ex-Museu Romântico do Porto gera polémica e mobiliza petição de protesto

São já mais de 800 os signatários que exigem a resposição da decoração oitocentista do museu da Quinta da Macieirinha. Nuno Faria, director artístico do Museu da Cidade, defende a opção tomada, mas demarca-se do tom “provocatório” de um post da autarquia que terá atiçado as críticas nas redes sociais.

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A nova exposição permanente do Museu Romântico, agora rebaptizado Extensão do Romantismo do Museu da Cidade, "despejou" a sua reconhecível decoração oitocentista CÂMARA MUNICIPAL DO PORTO

Agora rebaptizado Extensão do Romantismo do Museu da Cidade, o antigo Museu Romântico era possivelmente o mais visitado dos museus municipais do Porto, o que em boa medida se ficava a dever às muitas turmas do ensino secundário que lá iam ver como era a atmosfera doméstica de uma casa da alta burguesia portuense no período romântico. Seria de espantar, portanto, que uma reconfiguração radical do espaço e do seu conceito, com o esvaziamento de quase todas as peças que integravam a colecção exposta, não causasse polémica, como efectivamente causou, e que foi ainda atiçada pelo registo de um post da autarquia publicado sábado à tarde na página de Facebook da Feira do Livro do Porto, no qual se afirmava: “Se conhecia o anterior Museu Romântico da Macieirinha, prometemos que este novo espaço nada tem a ver com o local que outrora visitou.” 

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