Magia e Tecnologia

Arthur C. Clarke, famoso escritor e futurologista, escreveu em 1973 que qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível de magia.

Quando em 1947 John Bardeen, Walter Brattain e William Shockley conduziram, nos Laboratórios Bell, as experiências que levaram à invenção do transístor, é improvável que tivessem consciência do impacto desta inovação no futuro da humanidade. De facto, a descrição técnica desta invenção, por muitos considerada a mais importante do século, não é muito inspiradora nem parece corresponder a uma tecnologia particularmente revolucionária. Um transístor é simplesmente um dispositivo que permite comandar a amplitude de uma corrente eléctrica com uma voltagem de controlo e assim amplificar um sinal eléctrico. Esta funcionalidade nem sequer era nova, já que era comum às válvulas, ou tubos de vácuo, inventadas no princípio do século XX. Tanto os transístores como as válvulas podem ser usados para amplificar sinais eléctricos muito fracos, como os que são recebidos nas antenas de televisão e rádio, permitindo transformá-los em sons e imagens, nos rádios e nas televisões. Mas tanto uns como os outros também são usados para criar circuitos lógicos digitais, que são o coração dos computadores, e servem para executar operações aritméticas e assim processar números, textos, sons e imagens em formato digital.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.