Task force pediu à DGS redução do intervalo entre doses para três semanas

“Ao fazermos essa redução, aumentamos fortemente a protecção contra o vírus”, defende Henrique Gouveia e Melo.

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Henrique Gouveia e Melo agradeceu ainda aos cerca de 4700 profissionais envolvidos no processo de vacinação Nelson Garrido

A task force da vacinação contra a covid-19 solicitou à Direcção-Geral da Saúde (DGS) a redução do intervalo entre primeiras e segundas doses, a fim de aumentar mais rapidamente a protecção da população, anunciou esta terça-feira o coordenador da estrutura.

“Pedimos à DGS para encurtar o intervalo para as segundas doses, porque, uma vez que vamos avançando nas primeiras doses para percentagens quase finais de vacinação, é importante reduzir o intervalo para as segundas doses dentro do que são as recomendações das vacinas, porque, ao fazermos essa redução, aumentamos fortemente a protecção contra o vírus”, explicou o coordenador da task force, Henrique Gouveia e Melo.

No ponto de situação sobre a vacinação efectuado esta terça-feira na reunião no Infarmed, em Lisboa, que, dois meses depois, voltou a juntar especialistas, membros do Governo, presidente da Assembleia da República e Presidente da República para análise da situação epidemiológica da covid-19 em Portugal, o líder da logística da vacinação destacou também o impacto deste processo na incidência de novos casos.

“Em termos de influência da vacinação na incidência, (...) há uma correlação geográfica. A vacinação condiciona a incidência e isto é bastante positivo, porque conforme vamos avançando na vacinação, o vírus tem menos margem de manobra”, observou, adiantando a sua expectativa de que, a partir do final de Agosto, com 70% da população com vacinação completa, “a incidência vai ter uma grande quebra”.

Henrique Gouveia e Melo agradeceu ainda aos cerca de 4700 profissionais envolvidos no processo de vacinação, mas avisou que o ritmo não pode abrandar até ao final do Verão.

“Há uma corrida entre o ritmo de vacinação e a incidência e nós estamos a ganhar essa corrida, mas não podemos folgar este ritmo, porque isso é “dar oxigénio” ao vírus e temos de continuar a um ritmo muito elevado”, resumiu.

Sobre a protecção de populações mais desfavorecidas, Henrique Gouveia e Melo revelou ainda que já foram vacinados contra a covid-19 pelo menos 255.888 cidadãos estrangeiros.