Aos 28 anos, a eslovena Nika Kovac tem razões para acreditar que “people have the power”

Foi o #MeToo que lhe deu visibilidade mas não há causa à qual vire as costas. Aceitou coordenar a campanha do referendo pela protecção das zonas costeiras, contra uma lei do Governo. Até ela se surpreendeu com a vitória.

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Nika Kovac, fundadora do Instituto 8 de Março, à esquerda Arquivo pessoal de Nika Kovac

“Força da natureza” tinha sido a expressão mais usada para a descrever em conversas com vários eslovenos que sugeriram o seu nome como incontornável para perceber o momento actual na Eslovénia. Passo seguro, sorriso aberto, o cão Val ("vai comigo para todo o lado") pela trela e uma voz muito doce, assim apareceu Nika Kovac para o encontro num café da capital, Liubliana. O referendo que a pôs nas capas dos jornais e das revistas foi a 11 de Julho e ela ainda não descansou. “Na segunda-feira a seguir tive de trabalhar”, diz. Aos 28 anos, Kovac é a activista que mais eslovenos reconhecem e o rosto da sociedade civil que fez aquilo que a oposição parlamentar não conseguiu - derrotar o Governo do conservador Janez Jansa, no poder desde Março do ano passado.

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