Melanie Challenger: “Porque é que sermos um animal nos perturba tanto?”
Ser Animal, Ser Humano, o novo livro da investigadora inglesa em História Natural e Ambiental, lança-nos uma questão: “Porque é que sermos um animal nos perturba tanto?” Em entrevista ao P2, Melanie Challenger fala do mito do excepcionalismo humano, do impacto do SARS-CoV-2 e do papel dos outros animais na ciência.
“O mundo é hoje dominado por um animal que não acredita ser um animal. E o futuro está a ser imaginado por um animal que não quer ser um animal. Isto é importante.” Melanie Challenger dá o tom logo nas primeiras frases de Ser Animal, Ser Humano, cuja edição portuguesa foi recentemente publicada pela Temas e Debates. Neste livro, em que procura narrar “uma nova história do que significa ser humano”, a investigadora em História Natural e Ambiental, com um particular interesse em Filosofia Ambiental, aborda o mito do excepcionalismo humano, o dualismo entre corpo e mente – a que dá o nome de “guerra civil da mente” – e a busca incessante pela eternidade como forma de escape aos “limites da condição animal”.
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