Cartoonista italiana Mariagrazia Quaranta vence 16.º World Press Cartoon

Desenho premiado foi publicado em Novembro passado pelo jornal online Mundiario. Português André Carrilho teve o segundo prémio na categoria de caricatura por um retrato de Juan Carlos II.

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O desenho A pegada cultural em que uma massa de livros forma uma impressão digital, foi publicado em Novembro do ano passado DR

A cartoonista italiana Mariagrazia Quaranta (n. 1963) venceu o grande prémio da 16.ª edição do World Press Cartoon, o maior evento anual de desenho de humor, que decorre nas Caldas da Rainha, com o desenho A pegada cultural, publicado pelo jornal online Mundiario em Novembro de 2020.

Ainda nesta categoria, e além do prémio principal, no valor de dez mil euros, o júri atribuiu o segundo prémio à obra 2020 Ano da Pandemia, do albanês Agim Sulaj, publicada pelo jornal Corriere Romagna também em Novembro de 2020, e o terceiro prémio a O pequeno-almoço, do sérvio Goran Divac, publicado no jornal Vecernje Novosti em Dezembro passado.

Na categoria de caricatura, o mexicano Dario Castillejos foi o primeiro premiado, com a obra Greta Thunberg, publicada pelo El Imparcial, o português André Carrilho ficou em segundo lugar com Juan Carlos II, publicada no Diário de Notícias, e o espanhol Ivan Mata Tamayo em terceiro, com Rainha Sofia de Espanha, publicada no El Diario Vasco.

Na categoria de cartoon editorial, o primeiro prémio foi atribuído ao ucraniano Konstantin Kazanchev, por um desenho sem título publicado na plataforma holandesa de cartoons Cartoon Movement, o segundo prémio recaiu no australiano David Rowe, por Trump Riot, publicado no Australian Financial Review, e o terceiro prémio no argentino Alejandro Becares, por David e Golias, publicado também na plataforma Cartoon Movement.

A esta edição concorreram quase um milhar de trabalhos, de 64 países, ficando os desenhos seleccionados em exposição até 17 de Outubro no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha.

Os desenhos foram avaliados por um júri internacional que integrou, além do director do salão, a francesa Christine Traxeler, o sérvio Jugoslav Vlahovic, o venezuelano Leonardo Gutierrez e o português João Alpuim Botelho.

“Desde 2005, ao longo de 16 edições quase sem interregno, o World Press Cartoon vem sendo um lugar de encontro de talentos e um incentivo à criação de qualidade neste domínio”, afirmou o director do festival, o “cartoonista” português António Antunes, acrescentando que o salão procura contribuir para “dar algum alento aos autores no duro contexto da grave crise que a imprensa internacional atravessa”.

O certame começou por se realizar em Sintra, em 2005, mudou-se em 2014 para Cascais, e sofreu em 2015 uma redução no valor monetário dos prémios, que ascendem a um total de 25 mil euros, levando a organização a considerar não haver condições para a sua manutenção. As Caldas da Rainha acolhem a sua realização desde 2017.