Banir ou não banir Harper Lee? “A literatura não pode ser um lugar ideologicamente higiénico”
A notícia de que uma escola na Escócia decidiu substituir o clássico Mataram a Cotovia por textos “menos problemáticos” volta a trazer à ordem do dia a reflexão sobre o papel do ensino e, nele, da literatura. A literatura deve incomodar, defendem académicos ouvidos pelo PÚBLICO.
A notícia é recente, do início deste mês de Julho. O departamento de inglês da Escola Secundária James Gillespie, em Edimburgo, anunciou que vai retirar alguns clássicos do programa e substituí-los por “textos menos problemáticos”. Um dos livros a sair será o primeiro romance de Harper Lee, Mataram a Cotovia, publicado em 1960. Entre as razões apontadas está o facto de promover a ideia do “salvador branco” e de conter 40 ocorrências da chamada “N word”.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.