Beatriz Dias e a desocultação de um corpo híbrido

Até sábado, a bailarina e coreógrafa apresenta Neon 80 no Centro Cultural de Belém. Uma peça inspirada pelo universo cyberpunk, para pensar a libertação do corpo.

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Beatriz Dias investiga as possibilidades, que vê como libertadoras, de recomposição do corpo joão catarino/catherina cardoso
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O espectáculo começa com um statement: a assunção de um corpo feminino joão catarino/catherina cardoso
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Neon 80 segue uma trajectória de desocultação joão catarino/catherina cardoso
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O hibridismo físico da intérprete é realçado pelas linhas fluorescentes e de sugestão biónica que vamos descobrindo no seu corpo joão catarino/catherina cardoso
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A figura final é um corpo pouco conforme àquilo que ditam as normas joão catarino/catherina cardoso

Na altura em que surgiu a hipótese de realizar uma residência artística n’O Espaço do Tempo, em Montemor-o-Novo, parte do dia de Beatriz Dias estava ocupada com videojogos. E, graças também aos videojogos, a cabeça da bailarina e coreógrafa estava cheia de imagens cyberpunk, fantasiando ao mesmo tempo com a ideia de, comando na mão, poder escolher formas variadas para o corpo da sua personagem virtual. De partida para o Alentejo, levou estas pistas consigo e começou a pesquisar e a desbastar o caminho que a conduziu até Neon 80, peça que apresenta a partir desta quinta-feira, e até sábado, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

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