Subida de preços das casas com novos máximos na zona euro e UE

No primeiro trimestre do ano assitiu-se a uma aceleração dos preços e Portugal não foi excepção.

Foto
Pedro Fazeres

A subida dos preços da habitação acelerou para 5,8% na zona euro e 6,1% na União Europeia (UE) no primeiro trimestre, face ao período homólogo, atingindo novos máximos em ambos os casos. A conclusão é do Eurostat que nesta quinta-feira divulgou os dados relativos aos primeiros três meses de 2021.

Na zona euro, o índice de preços da habitação acelerou para os 5,8% em termos homólogos, mais 0,2 pontos percentuais do que no trimestre anterior e a maior subida desde o quarto trimestre de 2006.

Na UE, os preços das casas cresceram 1,3 pontos face ao aumento homólogo do trimestre anterior (5,8%), sendo os 6,1% a maior subida desde o terceiro trimestre de 2007.

De acordo com o serviço de estatísticas europeu, face aos últimos três meses de 2020, os preços da habitação aumentaram 1,3% na zona euro e 1,7% na UE.

Entre os Estados-membros para os quais há dados disponíveis, os maiores aumentos homólogos dos preços das casas no primeiro trimestre de 2021 foram observados no Luxemburgo (17%), Dinamarca (15,3%), Lituânia (12%), República Checa (11,9%) e Países Baixos (11,3%), tendo apenas recuado em Chipre (-5,8%).

Em comparação com o trimestre anterior, os maiores aumentos foram registados na Estónia (6,6%), Dinamarca (5,8%) e Lituânia (5%), enquanto os decréscimos só foram observados em Chipre (-5,8%), Malta (-1,6%) e Eslováquia (-1,2%).

Em Portugal, os preços da habitação subiram 5,2% na variação homóloga, ficando abaixo da média tanto da UE como da zona euro, e 1,6% em comparação com o último trimestre de 2020.

Os dados do Instituto Nacional de Estatística divulgados no final de Junho e que servem de referência ao Eurostat apontavam para uma subida do Índice de Preços da Habitação de 1,6% face ao trimestre anterior e para uma desaceleração dos aumentos em termos homólogos.

O crescimento de 5,2% verificado entre Janeiro e Março deste ano, por comparação a igual trimestre de 2020, significa uma quebra de 3,4 pontos percentuais face ao aumento homólogo verificado entre Outubro e Dezembro do ano passado. No quarto trimestre de 2020, a variação homóloga do índice, face ao último trimestre de 2019, havia atingido 8,6%.