Porto. Projecto turístico pode pôr em risco negócios históricos da Rua do Loureiro como a Confeitaria Serrana

A empreitada, designada por “Bairro Dada”, nascerá em cinco prédios comprados em 2017 por Avelino Pedro Pinto, sócio maioritário da Lello e dono do Teatro Sá da Bandeira e da Lionesa. Já há acordo para proprietária da Confeitaria Serrana abandonar o local. Outros dois negócios podem ser despejados.

Foto
Confeitaria Serrana guarda pinturas do pintor e escultor do século XIX Acácio Lino e dois anjos esculpidos na mesma altura por José de Oliveira Ferreira Manuel Roberto

Um projecto turístico desenhado para a Rua do Loureiro pode pôr em risco a continuidade de alguns negócios locais. Um deles, a Confeitaria Serrana, está no activo desde a década de 1950 e faz parte da lista dos estabelecimentos protegidos pelo programa camarário Porto de Tradição, que visa salvaguardar a sobrevivência, entre outros, de espaços comerciais históricos da cidade. Já é certo que a proprietária da confeitaria vai abandonar a fracção, que está num dos cinco prédios vendidos em 2017 ao sócio-maioritário da Livraria Lello. Outros dois comerciantes, depois de terem sido convidados a sair, continuam a lutar para manter-se no local. Investidor alega não estar em incumprimento com a lei.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.