As bermas da Estrada Nacional (EN) 266), a via principal de acesso a Monchique, estão cobertas de pasto seco com mais de meio metro de altura. Na encosta sul da montanha, o calor do sol aquece a pedra xistosa, a esteva liberta verniz que se cola à pele de quem se aproxima. O material combustível está lá, pronto a arder. A Câmara de Monchique estima em cinco mil toneladas de madeira, empilhada junto às vias do interior, à espera de ser escoada para as centrais de biomassa. A esta situação, junta-se mais 30 mil toneladas de árvores ardidas, no meio da mata verdejante. “Temos um barril de pólvora à porta”, denuncia o presidente da Câmara, Rui André, acrescentando que o alerta foi dado ao ministro do Ambiente e Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, com conhecimento a outras entidades públicas, há cerca de dois meses. “Não tive resposta”, denuncia. O autarca pediu uma reunião “com carácter de urgência” a fim de ser encontrada uma solução para um problema, como escreveu, “grave e que não pode ser mais adiado”.
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