A luz ao fundo do túnel não é o fim do túnel
A metáfora pessoal que eu uso para descrever este momento é o do monstro que aparece nos últimos segundos do filme de terror. Quando já nos estávamos a preparar para descansar, eis que apanhamos mais um susto. A variante Delta é esse monstro no fim do filme.
Às vezes é preciso lembrar o óbvio: o fim de uma pandemia não se decreta, conquista-se. E é assim em todo o mundo. Bem pode o novo ministro britânico da Saúde, Sajid Javid, anunciar que quando o desconfinamento avançar em Inglaterra no próximo dia 19 de julho, “será irreversível”. O vírus não está a ouvir. Bem pode Israel, um dos países mais vacinados do mundo, acabar com a obrigatoriedade de uso de máscara. Com a variante Delta a causar cerca de noventa por cento das novas infeções nesse país, com metade dessas novas infeções em adultos completamente vacinados, não foi preciso pensar muito até que as máscaras tivessem de ser reintroduzidas nos hábitos dos israelitas.
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