Suécia conta com o banco para surpreender Ucrânia
Nórdicos foram uma das revelações da fase de grupos, tendo terminada à frente da Espanha.
Uma selecção que surpreendeu no Grupo E, que conquistou à frente da favorita Espanha, e uma selecção que deixou indicações mais interessantes do que atestam os três pontos somados no Grupo C. Suécia e Ucrânia medem forças, em Glasgow (20h, SportTV), na terça-feira, à procura de uma vaga nos quartos-de-final do Euro 2020.
Andriy Shevchenko, antiga glória do futebol ucraniano e actual seleccionador, mostrou ontem ter a lição estudada. “Temos de ser cautelosos com as bolas paradas, porque a Suécia é forte. Será também importante ganhar as segundas bolas, vai haver muita luta em campo”, começou por analisar. “Eles são uma equipa muito organizada, que tem um certo estilo e que é fiel a ele. Há coisas que fazem muito bem, como os passes verticais. E são muito fortes fisicamente, raramente perdem duelos”.
Se Janne Andersson terá ficado satisfeito com os elogios ou preocupado com a avaliação detalhada do homólogo da Ucrânia, só ele saberá. Na conferência de imprensa, o técnico sueco mostrou-se bem-humorado, especialmente quando o tema foi o rendimento que tem conseguido extrair a partir do banco nesta competição.
No triunfo sobre a Eslováquia, Andersson apostou em Robin Quaison e o avançado ganhou quase de imediato o penálti que resultou no 1-0; diante da Polónia, lançou Dejan Kulusevski e o atacante da Juventus esteve na origem de dois dos três golos dos nórdicos (venceram por 3-2). As decisões do seleccionador têm acertado na mouche, mas aparentemente nem todos os adeptos estão convencidos.
“Podemos sempre decidir se fazemos as substituições muito cedo ou muito tarde, é uma discussão eterna, ainda para mais com a minha mulher, Ulrika. Ela diz que eu faço as substituições sempre demasiado tarde”, revelou, sem conter o riso quando lhe perguntaram se nem a entrada de Kulusevski a convenceu. “Por princípio, ela nunca concorda com as minhas alterações”.
Tão ou mais atento que Ulrika, estará certamente Shevchenko, que enfrenta uma Suécia com mais opções do que nos últimos anos.