O mercado residencial continua em forte crescimento. Os dados de Maio relativos ao valor mediano de avaliação bancária dos imóveis, realizada para efeitos de novos pedidos de crédito, atingiram 1212 euros por metro quadrado, mais 12 euros que o observado no mês anterior (1%), e novo máximo histórico da série.

Em termos homólogos, a taxa de variação situou-se em 8,8% (tinha sido de 8% em Abril), revela esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O maior aumento da avaliação das casas face ao mês anterior registou-se no Centro do país (1%), tendo a Região Autónoma da Madeira apresentado a descida mais acentuada (-0,8%). Em termos homólogos, o valor mediano das avaliações cresceu 8,8%, registando-se a variação mais intensa no Norte (7,6%) e a menor na Região Autónoma dos Açores (1,5%).

De acordo com o índice do valor mediano de avaliação bancária, em Maio de 2021, a Área Metropolitana de Lisboa, o Algarve e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação superiores à mediana do país (31%, 29% e 2% respectivamente). A região das Beiras e Serra da Estrela foi a que apresentou o valor mais baixo em relação à mediana do país (-44%).

Número de avaliações sobe

Mas há ainda outro indicador a mostrar o dinamismo do mercado imobiliário e do crédito para esse fim. Trata-se do número de avaliações bancárias consideradas, que em Maio ascendeu a 30.687, mais 2555 (ou um aumento de 9,1%) do que em Abril.

Face a igual período do ano passado, o número de avaliações subiu 66% em Maio. Contudo, como destaca o INE, “em Maio de 2020 tinha ocorrido pelo segundo mês consecutivo uma redução significativa do número de avaliações em consequência da pandemia covid-19”.

Por segmentos, o número de avaliações de apartamentos ascendeu a 19.448 e o de moradias a 11.239.

O valor mediano de avaliação de apartamentos foi 1326 euros por metro quadrado, tendo aumentado 9,4% relativamente a Maio de 2020. O valor mais elevado foi observado na Área Metropolitana de Lisboa (1586 euros) e o mais baixo no Alentejo (851 euros). O Norte apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (9%) e a Região Autónoma dos Açores a descida mais acentuada (-6,6%).

Comparativamente com o mês anterior, o valor de avaliação subiu 0,9%, tendo o Centro apresentado a maior subida (1,2%) e a Região Autónoma dos Açores a diminuição mais intensa (-5,9%).

Nas moradias, o valor mediano da avaliação bancária das moradias foi de 1012 euros por metro quadrado, o que representa um acréscimo de 6,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os valores mais elevados observaram-se no Algarve (1633 euros) e na Área Metropolitana de Lisboa (1606 euros), tendo o Centro registado o valor mais baixo (835 euros). O Alentejo apresentou o maior crescimento homólogo (8,2%) e o menor ocorreu no Algarve (1,3%).

Comparativamente com o mês anterior, o Centro apresentou o maior aumento (1,8%), e a maior descida aconteceu na Região Autónoma da Madeira (-1,7%).