Espanha de mão-cheia acelera rumo aos oitavos-de-final

Maior goleada do Euro 2020 teve como vítima a Eslováquia, que foi eliminada da competição.

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LUSA/Thanassis Stavrakis / POOL

Dificilmente Martin Dubravka esquecerá o minuto 30 do jogo com a Espanha, no Euro 2020. Em Sevilha, o guarda-redes da Eslováquia, que até então tinha vestido o fato de herói, assinou um dos momentos mais caricatos do torneio e abriu caminho ao resultado mais desnivelado da prova (0-5), que catapultou os espanhóis para os oitavos-de-final, no segundo lugar do Grupo E.

Comecemos por esse momento invulgar. Um erro na saída de bola da Eslováquia motivou uma recuperação de Sarabia à entrada da área. O avançado espanhol rematou, a bola esbarrou na trave e subiu, subiu. Quando reverteu a trajectória, a toda a velocidade, fê-lo a pique e na direcção da linha de baliza. Dubravka atrapalhou-se, fez mal os cálculos e, na tentativa de sacudir a bola por cima da barra, enviou-a, com uma palmada, na direcção das redes.

Um momento embaraçoso, difícil de ultrapassar, mas que não apaga o que o guarda-redes do Newcastle tinha feito até então, ao defender um penálti marcado por Morata e ao protagonizar uma mão-cheia de saídas em segurança. Um sinal claro do domínio dos espanhóis (63% de posse de bola), que, mesmo sem grandes acelerações, encontraram diferentes rotas para a baliza eslovaca.

Só a desinspiração inicial de Sarabia (18’), após um passe magistral de Pedri, e de Morata, após cruzamento de Azpilicueta (19’), impediram a Espanha de se colocar em vantagem mais cedo, mas a insistência daria novamente frutos em cima do intervalo. Dubravka saiu da baliza, fechou o espaço a Sarabia, mas o extremo do PSG inventou um cruzamento em balão que abriu as portas do 0-2 a Laporte. Foi o primeiro golo do central do Manchester City pela selecção A.

Ao intervalo, Stefan Tarkovic fez duas alterações, mas a Eslováquia, sempre em 4x2x3x1, continuou a ser ofensivamente inócua — o ataque à profundidade foi a única arma que tentou utilizar. Bem mais certeiras foram as substituições promovidas por Luis Enrique: aos 66’, lançou Ferran Torres e, um minuto depois, o atacante do Manchester City fazia o 0-4, de calcanhar. Aos 71’, trocou Eric Garcia por Pau Torres e o central do Villarreal cabeceou, no primeiro lance em que participou, para um desvio final de Kucka para o 0-5.

Antes destes dois momentos, já Sarabia tinha facturado após uma combinação entre Busquets e Jordi Alba (56’), transformando uma Eslováquia minimamente coesa defensivamente numa manta de retalhos — mais não fez do que tentar sobreviver até final, sempre sob o fantasma de um sexto golo que esteve iminente.

A primeira vitória de Espanha, a candidata, chegou com números gordos. E valeu-lhe um embate com a Croácia nos oitavos-de-final, na segunda-feira. Desta vez, em território alheio - Copenhaga.

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