Uma morte e 1183 novos casos de covid-19. Internamentos em Cuidados Intensivos sobem há cinco dias
Há quatro dias consecutivos que Portugal regista mais de mil casos diários. Há mais cinco doentes internados nas unidades de cuidados intensivos.
Portugal registou, nesta sexta-feira, uma morte e 1183 casos do novo coronavírus, estando o número de novas infecções acima das 1000 há já quatro dias seguidos. Até ao momento, há registo de 864.109 infecções por covid-19, das quais resultaram 17.062 óbitos, de acordo com os dados do boletim epidemiológico divulgado pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) este sábado.
Segundo a DGS, os internamentos desceram e há agora 389 pessoas internadas nas enfermarias dos hospitais portugueses, menos duas do que no balanço anterior. Esta é a primeira diminuição ao fim de seis dias consecutivos a aumentar. Por outro lado, o número de pessoas em unidades de cuidados intensivos (UCI) continua a subir há cinco dias. Estão, actualmente, hospitalizados 99 doentes em UCI, mais cinco pessoas do que no último dia. O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, assumiu este sábado que o aumento do número de internamentos por covid-19 é uma “situação preocupante”, embora o país ainda esteja “longe das linhas vermelhas”.
Lisboa e Vale do Tejo continua a ter mais de metade dos casos
A maioria das infecções foi reportada em Lisboa e Vale do Tejo (64%), região que regista 761 novos casos da doença. Segue-se o Norte (com 181 infecções), o Centro (87), o Algarve (71) e o Alentejo (36). A Região Autónoma dos Açores somou 37 novos casos e a Madeira mais dez.
A maior parte dos casos desta sexta-feira foi registada nas faixas etárias mais jovens: dos 20 aos 29 anos (258 novas infecções) e na dos 10 aos 19 anos (202 novas infecções). Já no grupo etário entre os 30 e os 39 anos foram contabilizados 186 casos e no grupo dos 40 anos 49 anos 178 novas infecções.
A única morte verificada no país foi a de uma mulher, com mais de 80 anos, no Algarve.
Recuperaram da doença 884 pessoas em 24 horas. No total, contam-se 819.324 pessoas que conseguiram recuperar da infecção desde o início da pandemia.
De acordo com a DGS, há 27.723 casos activos da doença, mais 298 em relação a quinta-feira. Este número é conseguido depois de subtraídos o número de mortes e de recuperados ao número total de casos.
Os valores da matriz de risco que guia o desconfinamento foram actualizados no boletim desta sexta-feira e, segundos os mesmos, Portugal continua na zona amarela. De acordo com os últimos dados, o indicador R(t), o índice de transmissibilidade da doença, situa-se em 1,14 a nível nacional (1,15 se analisado apenas o continente). O outro indicador que guia a abertura do país, a incidência nacional a 14 dias por cem mil habitantes, está agora em 100,2 casos, tanto em termos nacionais como no continente.
De acordo com o relatório de monitorização das “linhas vermelhas” elaborado pela DGS e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), divulgado na sexta-feira, estima-se que a variante Delta (B.1.617.2, associada à Índia) possa ser “dominante” nas próximas semanas. Até 16 de Junho, foram identificados 157 casos da linhagem Delta. “Existe transmissão comunitária desta variante, mais evidente na região de Lisboa e Vale do Tejo” (LVT), diz o documento.