Rússia bate Finlândia e reentra nas contas do apuramento

Um golo de Miranchuk, nos descontos da primeira parte, serviu para os russos conquistarem três pontos, mas o adversário vendeu cara a derrota, apesar das limitações

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Miranchuk voltou a dar esperança à Rússia Reuters/EVGENIA NOVOZHENINA

Um golo de Aleksei Miranchuk nos descontos do primeiro tempo abriu novos horizontes à Rússia para alcançar os oitavos-de-final do Euro 2020. Frente à modesta e estreante Finlândia, que já havia surpreendido na jornada inaugural do Grupo B ao bater a Dinamarca (1-0), em Copenhaga, os comandados por Stanislav Cherchesov, a jogar mais uma vez em casa, tiveram de sofrer muito para vencer e após um grande susto nos instantes iniciais do encontro.

O cronómetro marcava apenas 4 minutos, quando os visitantes colocaram a bola nas redes russas, num golo em tudo idêntico ao apontado aos dinamarqueses. Mas, desta vez, o VAR (vídeo árbitro) interrompeu a festa dos finlandeses e assinalou fora de jogo a Joel Pohjanpalo (autor também do golo solitário da sua selecção na primeira jornada), descansando o público nas bancadas de São Petersburgo.

A Rússia reagiu e começou a cercar a baliza adversária, com o incontornável Dzyuba a acertar no poste, aos 14’. As oportunidades foram surgindo junto da baliza dos finlandeses, que defendiam com tudo o que tinham e quase sempre com competência, apostando num lance fortuito de contra-ataque para chegar à vantagem.

Fora esta, afinal, a receita com a Dinamarca, onde aproveitaram a única verdadeira oportunidade que conseguiram em todo o jogo. Mas voltava a faltar qualidade e quantidade do meio-campo para a frente e na hora da definição.

O golo acabou por surgir a instantes do intervalo, após (mais) uma tentativa atabalhoada da Finlândia atacar. Robin Lod perdeu a bola no meio-campo e esta acabou por chegar a Miranchuk à entrada da área. Seguiu-se uma tabela com o gigante Dzyuba e um remate colocadíssimo com o pé esquerdo, que entrou no ângulo da baliza defendida por Hrádecsky. Um belo lance numa partida de fraca qualidade técnica.

Os “forasteiros” regressaram para o segundo tempo mais afoitos, obrigados a tomar a iniciativa do jogo, algo para o qual não estão particularmente talhados, apesar das melhorias ao nível da circulação da bola. Conseguiram chegar junto da área adversária, mas seriam os russos a estar sempre mais perto do segundo golo, mesmo com algumas ameaças pelo meio do conjunto dirigido por Markku Kanerva, que retirou dados positivos deste confronto.

“Defendemos bem e nas subidas ao ataque melhorámos em relação ao jogo com a Dinamarca”, referiu no final o seleccionador finlandês.

A Rússia somou três pontos e encerrou uma série de seis jogos sem vencer em fases finais de campeonatos da Europa (quatro derrotas e dois empates), que durava desde 2012. Já a Finlândia, somou a quinta derrota em outros tantos encontros com os russos desde o desmoronamento da URSS, em 1992. No total sofreu 16 golos e apontou apenas um.

Apesar deste desnível estatístico entre as duas equipas, continua tudo em aberto no Grupo B, pelo menos no que diz respeito à luta pelo segundo e terceiros lugares, supondo que a Bélgica – que defronta esta quinta-feira a Dinamarca, depois de ter derrotado os russos por 3-0 - não terá dificuldades em assegurar a liderança.

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