Turquia nos limites perante País de Gales na expectativa

Com o português Artur Soares Dias a arbitrar, joga-se na quarta-feira, em Baku, um encontro inédito num palco como o Campeonato da Europa.

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LUSA/TOLGA BOZOGLU

Sem referências desde 1997, última vez em que turcos e galeses se defrontaram na fase de qualificação para o Mundial de França 1998, as equipas centram-se, obviamente, no jogo (17h) que poderá colocar o País de Gales muito próximo do apuramento, assim vença uma Turquia ainda abalada pelo desempenho e goleada sofrida frente à Itália, no Grupo A, no jogo de abertura do Euro 2020. Para os britânicos, como aliás assumiu o seleccionador, Rob Page, somar quatro pontos ao fim da segunda ronda seria “brilhante”. 

Isto, partindo do princípio de que quatro pontos seriam suficientes para garantir um dos quatro melhores terceiros lugares que dão acesso aos oitavos-de-final. 

Assim, devidamente instalado nas margens do Mar Cáspio desde o arranque do Europeu (a Turquia actuou em Roma e teve que viajar para o Azerbaijão), o País de Gales, semifinalista eliminado por Portugal em 2016, poderá estar em condições de pressionar uma selecção que não tem margem de manobra. Não pelo desempenho galês em França, algo que a Turquia conseguira em 2008, no Áustria/Suíça, com uma presença nas meias-finais.

O empate (1-1) frente à Suíça, na primeira ronda, “foi importante para começar de forma positiva”, admitiu Rob Page, mentalizado para todos os cenários e para “continuar a lutar”, caso a Turquia recupere do trauma e obtenha um resultado que lhe permita discutir a qualificação na última jornada: “Respeitamos todas as selecções, mas não tememos ninguém.”

Por seu lado, o seleccionador turco, Senol Gunes, admitiu que “esperava uma exibição melhor” frente à Itália, reconhecendo que a equipa não conseguiu “estar à altura” da ocasião, nem demonstrar “a qualidade de jogo” que os adeptos esperavam, algo que pretende corrigir ante os galeses: 

“A corrida continua. Temos mais dois jogos e é altura de olhar para o País de Gales”, declarou Senol Gunes, ciente da ligeira vantagem do adversário, que poderá explorar a urgência turca de obter uma vitória para jogar no erro e colocar um ponto final à carreira da Turquia neste campeonato. Isto, claro, se não cometer o pecado de menosprezar uma selecção que, antes da derrota com a Itália, não perdia há seis partidas e que em toda a qualificação para a fase final do Euro 2020 sofreu apenas três golos, tantos como os encaixados em Roma.

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