NATO: regresso ao futuro

Para Joe Biden, o futuro é a competição entre o Ocidente e a China, que definirá o mundo do século XXI. Os europeus hesitam.

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Joe Biden quer restituir significado à ideia de Ocidente KEVIN LAMARQUE/Reuters
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1. Joe Biden não poderia ter deixado mais claras as suas intenções relativamente aos velhos aliados europeus ao escolher o roteiro da sua primeira grande deslocação ao estrangeiro desde que entrou na Casa Branca. Começou pela cimeira do G7, na Cornualha. Está hoje em Bruxelas para uma dupla cimeira – primeiro da NATO, depois com a União Europeia. Leva na bagagem o peso desta sucessão de encontros entre os líderes das democracias quando aterrar no dia 16, em Genebra, para uma cimeira com o seu homólogo russo. Estará, face a Putin, numa posição de força. Poderá dizer, com segurança, que a América está de regresso à liderança mundial. Há, portanto, o “antes de Trump” e o “depois de Trump” – e é essa a grande diferença que o Presidente americano quer assinalar.

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