Arraial da IL em Lisboa com parecer desfavorável da DGS para actividades que extravasem comício
Autorizados 20 postos de venda. João Cotrim de Figueiredo discursa no “Arraial Liberal”.
A Iniciativa Liberal (IL) promove este sábado um “Arraial Liberal”, em Santos, Lisboa, com animação e 20 barraquinhas, mas a autoridade de saúde deu parecer desfavorável a todas as actividades que extravasem o comício político, e recomendou distanciamento.
Anunciado pela Iniciativa Liberal como “um evento político”, o arraial contará com discursos políticos do presidente do partido, João Cotrim Figueiredo, e do candidato à Câmara de Lisboa, Bruno Horta Soares, num espaço animado por música, dj´s e 20 barraquinhas de comida e bebida.
A iniciativa, que foi anunciada para as 17 horas, decorrerá no Largo Vitorino Damásio, em Santos, estendendo-se para duas ruas adjacentes ao Jardim de Santos (Jardim Nuno Álvares), “de modo a contemplar um espaço maior e reduzir o ajuntamento de participantes”, de acordo com a Iniciativa Liberal.
Porém, num parecer a que a Agência Lusa teve acesso, o Delegado de Saúde Regional de Lisboa e Vale do Tejo, António Carlos da Silva, mostrou-se “desfavorável relativamente a todas as actividades que extravasem o referido comício político”, defendendo que “atendendo ao princípio de precaução em saúde pública, e pela situação epidemiológica actual na cidade de Lisboa, a mesma não deverá ocorrer e ser adiada”.
No parecer, a autoridade de saúde afirma que não recebeu informação sobre a finalidade das 20 barraquinhas previstas para o local, salvaguardando que casos estas “sejam parte integrante da actividade política podem ocorrer”, mas, caso “não sejam parte da actividade política, a actividade decorrente sobre as mesmas deverá ter licença camarária”.
O parecer determina que no recinto devem ser cumpridas normas como a lotação máxima de uma pessoa por oito metros quadrados; os lugares devem ser sentados, com o distanciamento mínimo de dois metros entre as pessoas, em todas as direcções; deve assegurar-se o uso de máscara durante todo o tempo, incluindo quando os oradores se encontrara no uso da palavra, devendo a mesma ser substituída a cada quatro horas, e recomenda “fortemente a testagem dos participantes”.
No que se refere ao serviço de catering, a delegação de saúde considera-o “totalmente desaconselhado, uma vez que promove a aglomeração de pessoas” e que as refeições “constituem momentos de risco elevado de transmissão de SARS-CoV-2”, bem como, tendo em conta as temperaturas actuais, poderá haver risco de infecções alimentares.