Santiago Macias: nem “programação tenebrista” nem “esquecer que isto é um panteão”
Historiador e arqueólogo, Santiago Macias é o novo director do Panteão Nacional, uma casa que quer reorganizar e abrir cada vez mais aos portugueses, ligando-os à sua história, com a ajuda de todos os que ali são homenageados. Mas, primeiro, há que arranjar a instalação eléctrica.
Santiago Macias caminha pelos corredores e salas do Panteão Nacional, monumento que dirige há pouco mais de dois meses, com a segurança de quem já sabe para onde vai, embora o grande molho de chaves que tem na mão ainda lhe reserve alguns mistérios. “Andamos por aqui e percebemos que é fácil para os miúdos que cá vêm acreditar que há quartos escondidos e passagens secretas. Eu olho para este molho e quase acredito que tem chaves para portas que ninguém conhece”, diz, à medida que vai subindo as escadas que dão acesso aos vários andares da Igreja de Santa Engrácia, o templo barroco que, com a sua enorme cúpula projectada por Edgar Cardoso já na década de 1960, é uma das marcas da zona oriental da cidade, austera e imponente, sobretudo para quem olha a colina a partir da beira-rio.
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