A Europa tem de reflectir sobre as disparidades de desenvolvimento intra-regionais
Propostas para alterar o mapa que rege a distribuição dos fundos levantam questões ao nível do planeamento territorial. Mas mostram uma realidade escondida nos grandes números.
O debate que várias organizações da península de Setúbal estão a alimentar, no sentido de separar da chamada NUT II de Lisboa os municípios da margem sul da Área Metropolitana de Lisboa, para voltarem a ter acesso às verbas destinadas à Coesão, não é “saudável”, na perspectiva do economista e consultor António Figueiredo. Mas mostra, segundo a geógrafa Teresa Marques, que para lá dos grandes números das regiões, há disparidades intra-regionais sobre as quais a Europa deveria reflectir. A conversa só ainda não chegou ao Norte, a região mais pobre do país, porque a sub-região mais rica, a Área Metropolitana do Porto, ainda não é rica o suficiente para atrapalhar o acesso do resto do território aos fundos estruturais que visam atenuar as disparidades de desenvolvimento regional no seio da União Europeia, nota a coordenadora do Programa Nacional de Política do Ordenamento do território.
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