A maioria dos medicamentos vem das plantas

Este segundo artigo da série A Biodiversidade e Nós fala de plantas medicinais e medicina popular. Se não se tivessem preservado os teixos, por exemplo, eles teriam desaparecido e não teria havido solução para muitos doentes de cancro que ainda vivem graças a esta espécie de planta. É também urgente regulamentar a venda de plantas medicinais, tal como estão os medicamentos, pois algumas estão mal identificadas e são altamente tóxicas.

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Semente de teixo (Taxus baccata) envolvida pelo arilo José Conde

Quando se formou a nossa espécie, praticamente a totalidade das outras espécies animais que hoje existem já habitavam o Globo Terrestre. Assim, copiamos os outros animais na alimentação e, também, no uso de muitas das plantas medicinais que ainda hoje utilizamos. É disso exemplo uma planta que em São Tomé é designada por “aliba-cassô”, que quer dizer “planta do cão”, pois é uma erva (Eleusine indica) que os cães “mastigam” quando têm desarranjos intestinais e, então, os santomenses, quando têm disenterias tratam-se com infusões dessa planta. Claro que também aprendemos com os outros animais a utilização das plantas tóxicas, como, por exemplo, a noz-vómica (Strychnos nux-vomica), cujas sementes contêm estricnina, sendo, por isso, que os símios não comem o fruto desta espécie de Srychnos, mas sim os frutos das espécies de Strychnos que não têm estricnina. Casos idênticos acontecem com os cogumelos.

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