O polvo esticado ao sol, os mariscadores a arrancarem das rochas cachos de percebes, as memórias da pesca à linha nos tempos em que no mar havia fartura. As imagens dos pequenos barcos que exploram os pequenos portos e o relato das pessoas que dedicaram a vida ao mar são a base do primeiro de quatro episódios da mini-série Retratos do Sudoeste que procura guardar as raízes da região.
Está online A Pesca (3'51'') e está agendado para Junho o lançamento no YouTube dos restantes três episódios — Terra Sagrada, A Cortiça e O Medronho — nos quais a Associação Rota Vicentina procura mostrar “este pedaço de terra e toda a rede viva que dele faz parte”.
Nas próximas terças-feiras (dias 1, 8 e 15), serão lançados pequenos documentários, que exploram a relação simbiótica das gentes que nesta zona viveram e vivem e que levam com cada um dos temas propostos, bem como e o seu impacto na cultura e economia da região.
“Cada uma destas quatro histórias desenvolve, durante três a oito minutos, alguns temas da presença humana num formato em que o depoimento de pessoas que vivem ‘com as mãos na massa’ é alternado com uma visão mais generalizada e contextual de historiadores”, explica a Associação Rota Vicentina.
Esta “viagem”, um complemento directo do filme A Costa das Cegonhas – Retrato Natural do Sudoeste, de Luís Quinta e Ricardo Guerreiro — que estreará na SIC em Julho, em data a anunciar — inicia-se com as histórias de resiliência das pessoas do litoral, segue-se um filme sobre o efeito de atracção que a paisagem exerce sobre as pessoas que visitam o Sudoeste e termina com dois episódios dedicados à arte da extracção da cortiça e da apanha do medronho.
Refira-se que a Rota Vicentina, apoiada por uma rede de 200 empresas de diferentes sectores assim como um conjunto de agentes locais, é uma Associação sem fins lucrativos, responsável por gerir, integrar, dinamizar, desenvolver e promover os trilhos e a oferta turística associada ao produto turístico que a Rota Vicentina representa.