“Poderíamos ter poupado 4300 vidas, se estivéssemos organizados como a ARS Norte”
Na região Norte, entre 26 de Dezembro e 31 de Março (3.º vaga) houve menos 271 mortes por covid-19 do que entre 1 de Outubro e 25 de Dezembro (2.ª vaga). Mas em Lisboa e Vale do Tejo e na região Centro houve mais 4309 óbitos na 3.ª vaga do que na 2.ª
A elevada incidência e a “deficiência do número de camas nos cuidados intensivos” contribuíram para que as regiões de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e do Centro assistissem a um aumento do número de mortes por covid-19 na 3.ª vaga da doença, entre 26 de Dezembro e 31 de Março, enquanto no Norte esse número desceu. O caos que se viveu naquelas regiões não se sentiu no Norte, que foi mesmo capaz de prestar apoio a LVT, porque soube, ao nível da saúde pública, controlar melhor a incidência, diz o investigador Carlos Antunes. Que conclui: “A ARS Norte estava muito bem organizada, teve uma estratégia diferente e, se estivéssemos organizados como ela, poderíamos ter poupado 4300 vidas.”
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.