Sair da África subsariana a pé e esperar sem nada que Ceuta concretize o sonho europeu

Uns fogem do Boko Haram, outros do regime guineense de Alpha Condé. Chegam da Nigéria, Senegal, Costa do Marfim, Guiné-Conacri ou Mali e todos se encontraram num descampado junto ao mar, em Ceuta. A esperança é conseguirem asilo na Europa.

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Quatro anos foi o tempo que Diallo Ramadan demorou até chegar a Ceuta, desde que saiu da Guiné-Conacri. Passou a maior parte desse tempo em Marrocos à espera de uma oportunidade para passar para o enclave espanhol no Norte de África. Pelo caminho passou pelo Mali e pela Argélia. A sua motivação estava presa a um sonho de criança – entrar na Europa para poder ser livre. Conseguiu cumprir parte do objectivo na segunda-feira da semana passada ao chegar a território espanhol. Fê-lo, contornando a nado as barreiras da fronteira do Tarajal. Muitos dos mais de 9 mil migrantes fizeram o mesmo. Outros aproveitaram a folga do Governo de Rabat, que deu ordem para se abrirem temporariamente as cancelas pela primeira vez desde o início da pandemia. 

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