Covid-19 em Portugal: três mortes e 559 casos. R(t) e incidência a subir
Há mais 462 casos de recuperação e menos três pessoas internadas nos cuidados intensivos. Incidência nacional da doença subiu ligeiramente para 52,6 casos por 100 mil habitantes e o índice de transmissibilidade R(t) para 1,03.
Portugal registou, nesta quinta-feira, mais três mortes e 559 casos de infecção pelo vírus que causa a covid-19. Os dados, referentes à totalidade do dia de quinta-feira, foram divulgados nesta sexta-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).
Há agora menos uma pessoa internada nos hospitais (num total de 207) e menos três pessoas nos cuidados intensivos (num total de 55). Duas das vítimas mortais que figuram na última actualização tinham entre 70 e 79 anos e uma entre 60 e 69 anos.
Os dados do relatório da DGS indicam que, do total de mortes registadas, 8938 são homens e 8079 são mulheres. Das 17.017 pessoas que morreram até à data de covid-19 em Portugal, 11.183 tinham acima de 80 anos, o que corresponde a 65,7%.
Há a reportar mais 462 casos recuperados da infecção, num total de 804.948 recuperações desde o início da pandemia. Feitas as contas, há mais 94 casos activos, o que significa que 22.287 portugueses ainda lidam com a doença. Há 19.410 contactos em vigilância pelas autoridades, mais 790 do que no último balanço.
No total, desde o início da pandemia, o país soma 844.288 casos confirmados e 17.017 vítimas mortais.
R(t) sobe para 1,03
Os valores da matriz de risco que guia o desconfinamento foram actualizados no boletim desta sexta-feira. Segundo os últimos dados, o indicador R(t), o índice de transmissibilidade da doença, nacional e do continente fixa-se em 1,03. Este dado representa um ligeiro aumento em relação aos valores de quarta-feira, quando este indicador se fixava em 1,02.
Numa trajectória semelhante, a incidência nacional a 14 dias por cem mil habitantes também subiu ligeiramente para 52,6 casos — na última actualização, este valor fixava-se em 51,4 casos. A incidência do território continental é, segundo esta última actualização, de 49,5 casos.
São estes dois indicadores que ditam o avanço (ou recuo) das diversas fases do desconfinamento. Se os indicadores permanecerem na área verde, ou seja, se o índice de transmissibilidade continuar abaixo de 1 e a incidência abaixo de 120, o desconfinamento poderá avançar, mas se o país chegar à zona amarela ou vermelha, a reabertura da sociedade e da economia poderá ser travada ou revertida.
O país vai continuar a desconfinar a diferentes velocidades. Portugal tem, neste momento, a grande maioria dos concelhos no nível de desconfinamento máximo, com as medidas de 1 de Maio, mas há quatro concelhos com as regras da fase de 19 de Abril: Arganil (Coimbra) e Lamego (Viseu), que já estavam nesse patamar na semana passada, e agora Montalegre (distrito de Vila Real) e Odemira (distrito de Beja), que recuam um nível.
Lisboa e Vale do Tejo com 49% dos novos casos
Grande parte dos novos casos foi registada na região de Lisboa e Vale do Tejo (277 novas infecções, o que corresponde a 49,5%) e no Norte (166 novos casos, cerca de 29,6%). O Norte continua a ser a região com o maior número de casos acumulados: há 339.013 casos confirmados e 5352 mortes (uma em 24 horas). Lisboa e Vale do Tejo é a segunda: são 318.984 os registos de infecção e 7211 mortes por covid-19 — e é a região do país com mais vítimas mortais.
O Centro contabiliza 119.447 infecções (37 novas) e 3020 mortes (uma em 24 horas). O Alentejo totaliza 30.019 casos (cinco novos) e 971 mortes (nenhuma em 24 horas). No Algarve, há 22.102 casos de infecção (mais 22) e 363 óbitos (um em 24 horas). A Madeira regista 9570 casos de infecção (32 novos) e 68 mortes (nenhuma em 24 horas). Já os Açores registam 5153 casos (mais 20) e 32 mortes (zero em 24 horas).