Os mimos da fila

Percebi que a passadeira de um supermercado é um palco onde os artistas locais têm a oportunidade de mostrar o que andaram meses a ensaiar, usando, em dose infinita, o único elemento que podem esbanjar com a generosidade que lhes apetecer: o tempo.

Enquanto esperamos na fila do supermercado vamos observando os seres humanos à nossa frente. É um jogo. Um deles, o mais difícil, consiste em não ficar irritado: as idiossincrasias dos nossos conterrâneos não se deixam amar facilmente. Observá-los é odiá-los. É preciso fazer um esforço religioso para os encarar como tão maus ou tão bons como nós.

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