Ford Mustang Mach-E chega para reinventar a lenda

Um modelo 100% eléctrico, sempre conectado e com tiques de premium. O que não muda: potência a rodos — mesmo que mais fácil de domar — e uma condução que apela às emoções.

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O novo Ford Mustang Mach-E chega com linhas que lhe permitem reclamar um lugar entre a família do cavalo selvagem da Ford DR
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O tablier do Mach-E exibe um ar algo futurista, sendo o grande ecrã central um dos pontos de atracção DR
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Há um espaço extra para arrumar bagagem, localizado sob o capot DR

Os Mustang ocuparam por décadas o imaginário europeu. Até, por fim, terem conseguido comercialização no Velho Continente, já neste milénio (desde 2015). E se há traço evidente nos automóveis que exibem o cavalo selvagem que corre as pradarias norte-americanas é o facto de não se deixarem domar com facilidade. Como o animal, aliás.

Isso, porém, não acontece com o Mustang Mach-E, a nova aventura da Ford no mundo dos eléctricos e o primeiro modelo da construtora americana a fazer uso de uma plataforma específica para receber este tipo de energia (curiosidade: a equipa que a idealizou tem o nome de Edison). É que nem no modo de condução Untamed (Indomável; há ainda os modos Whisper, que privilegia a eficiência, e Active, para uma condução sem preocupações) parece querer fugir ao nosso controlo. Ainda assim, com o Untamed accionado é possível ligar o som do motor para uma experiência mais emocional.

Se por um lado, este Mustang é mais manso, por outro, promete emoções tal como os seus “irmãos” animados por motores térmicos. Sobretudo com o Mach-E GT, a ser lançado mais tarde, que, com uma potência estimada de 487cv e um binário máximo de 860 Nm, promete acelerar de 0 a 100 km/h em 3,7 segundos — um valor de nos fazer colar as costas ao banco. Para já, surgem as versões menos apimentadas, mas nem por isso pouco afoitas.

Com tracção traseira, seguindo a tradição Mustang, o Mach-E pode exibir 269cv e binário de 430 Nm quando equipado com a bateria standard de 75,7 kWh, capaz de percorrer até 440 quilómetros; com bateria de 98,7 kWh, a potência passa para 299cv e a autonomia estica até 610 quilómetros. No caso da versão de tracção integral, com bateria de 75,7 kWh, há também 269cv, mas o binário cresce para 580 Nm, sendo o automóvel capaz de assegurar trajectos com uma só carga de até 400 quilómetros. Com a bateria de de 98,7 kWh, são 351cv e a possibilidade de percorrer até 540 quilómetros.

O carro pode ser carregado numa tomada doméstica, num carregador de corrente alternada ou Wallbox e num carregador rápido (neste último, admite um carregamento de até 150 kWh).

Em termos de espaço, nenhum dos cinco ocupantes terá motivos de queixa (até quem se senta no meio do banco traseiro, pelo facto de o piso ser plano, fruto de não existir veio de transmissão), enquanto a mala apresenta razoáveis 402 litros (volumetria que pode crescer, com o rebatimento dos bancos traseiros, até 1420 litros). No entanto, à frente, no capot, há mais um espaço de arrumação: são 81 litros e surgem na forma de uma caixa impermeável e com escoador para fácil lavagem.

De destacar, a estreia da nova geração do sistema de comunicações e entretenimento Sync, que agora se gere num enorme ecrã de 15,5’’ e surge com tecnologia Machine Learning. Quer isto dizer que o carro aprende o que o condutor prefere, tornando a experiência de condução única para cada indivíduo (a marca brinca referindo que até gémeos idênticos esta tecnologia consegue distinguir). O sistema também oferece compatibilidade sem fios à Apple CarPlay, à Android Auto e a aplicações AppLink para smartphones e dispositivos móveis.

Os preços, com IVA, começam em 50.100€, para a versão com bateria standard e tracção traseira, atingindo os 66.800€, no caso da bateria de capacidade alargada com tracção integral.

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