BE quer Governo e União Europeia a condenar ataques de Israel na Faixa de Gaza
Catarina Martins defendeu que “Portugal deve ter uma vocação de paz e de promoção da paz no mundo”.
A coordenadora do BE exigiu este sábado, no Porto, ao Governo, a condenação dos ataques de Israel na Faixa de Gaza e que faça o mesmo no seio da União Europeia, fazendo valer o facto de deter a presidência.
“O que nós exigimos é que o Governo português tenha uma palavra forte de condenação dos ataques de Israel e, uma vez que tem a presidência da União Europeia, que convoque imediatamente reuniões ao mais alto nível para que a UE condene os ataques e proceda a sanções imediatas para travar o que está a acontecer na Faixa de Gaza”, afirmou Catarina Martins.
As forças armadas israelitas destruíram hoje um edifício que albergava os escritórios da agência de notícias Associated Press e outras organizações jornalísticas em Gaza, num ataque à capacidade de os meios de comunicação reportarem o que se passa no território.
Em declarações no final de uma reunião com advogados e solicitadores, a dirigente bloquista enfatizou que “Portugal deve ter uma vocação de paz e de promoção da paz no mundo”.
“Hoje estamos a assistir a bombardeamentos na Faixa de Gaza por Israel, que são actos criminosos, absolutamente criminosos. Estou a falar com jornalistas e não posso deixar de dizer que Israel bombardeou o edifício onde estava a maior agência de notícias do mundo, a Associated Press, juntamente com outras cadeias [de televisão]”, acrescentou.
Do ataque, Catarina Martins acusou ser “a melhor forma de tentar esconder o ataque gigantesco que Israel está a fazer à Faixa de Gaza”, para logo depois considerar que “Portugal tem tido uma postura inaceitável, uma pretensa equidistância entre Israel e a Palestina”.
“O que está a acontecer é um ataque sem precedentes. Não estamos perante um conflito nem Israel está a retaliar outros ataques. Não. Estamos sob atos de crime de guerra contra a Palestina, um ataque sem precedentes sobre a Faixa de Gaza, hoje dirigido a quem faz a comunicação social, a quem, no terreno, está a dar as notícias”, insistiu.
E alertou: “Os olhos do mundo não podem fechar-se e nem ser cúmplices da política criminosa de Israel”.