“Não terá sido uma coincidência isto acontecer quando Netanyahu está prestes a perder o poder”

Michal Sella, directora executiva da organização Givat Haviva, que promove uma “sociedade partilhada” entre árabes e judeus, vê a “guerra interna” no país como sintoma de uma grande desigualdade, mas também fruto do incitamento da extrema-direita quando parecia haver uma hipótese realista de uma coligação de governo que tivesse o apoio de um partido árabe.

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Confrontos junto de um "checkpoint" na cidade de Jenin, na Cisjordânia ALAA BADARNEH/EPA

Um vazio político, um país sem liderança, e uma enorme desigualdade entre árabes israelitas e os seus concidadãos judeus foram uma conjugação para uma situação explorada por forças extremistas, diz Michal Sella, da ONG Givat Haviva, uma das referências na promoção da sociedade partilhada em Israel. Se foi pessimista em relação à política, é optimista quando à capacidade do país ultrapassar a cisão que ficará depois desta onda de violência. “A maioria das pessoas querem viver juntas de modo pacífico.”

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