Covid-19: variante indiana já infectou idosos com duas doses da AstraZeneca em Inglaterra
Já foram encontradas 48 cadeias de transmissão da variante indiana e sabe-se que há transmissão comunitária. A Public Health England classifica esta variante como “preocupante”.
A variante indiana do coronavírus já se espalhou por Inglaterra, principalmente nos lares de idosos, avança o The Guardian. O jornal teve acesso a emails das autoridades de saúde que relatam que há três variantes (B16171, B16172 e B16173) que preocupam as autoridades, assim como a velocidade a que as cadeias de transmissão estão a aumentar. Já foram encontradas 48 cadeias de transmissão destas variantes e sabe-se que há transmissão comunitária.
O principal impulsionador do aumento de novos casos, segundo o jornal, é a variante B16172. Deepti Gurdasani, epidemiologista clínico da Queen Mary University of London, disse ao jornal que a variante “está a aumentar muito rapidamente” e que esta “pode facilmente tornar-se a dominante em Londres no final de Maio ou início de Junho”.
Segundo os documentos a que o jornal teve acesso, 15 casos da variante B16172 foram encontrados num lar em Londres, onde os residentes já tinham recebido a segunda dose da vacina Oxford/AstraZeneca na semana anterior ao surto. Quatro pessoas foram hospitalizadas. Nenhum dos doentes se encontra em estado grave e não há vítimas mortais.
BREAKING NEWS: a Variant Under Investigation first identified in India has been reclassified as a Variant Of Concern, with cases detected across London.@ProfKevinFenton gives the latest on the situation in the city, and what we can all do to #KeepLondonSafe from #COVID19 ⬇️ pic.twitter.com/GFj4IP9OzL
— PHE London region (@PHE_London) May 7, 2021
“A maneira mais eficaz de impedir o desenvolvimento ou disseminação das variantes é continuar a reduzir as taxas de infecção e transmissão do vírus na nossa comunidade”, acrescentou o epidemiologista. “Todas as variantes espalham-se da mesma maneira. Protegermo-nos a nós mesmos e aos outros seguindo os conselhos de saúde pública e sendo vacinados quando chegar a nossa vez”.
Os documentos também revelaram que a Public Health England classifica esta variante como “preocupante”.