Tancos: seis meses de julgamento, 22 arguidos interrogados e 130 testemunhas ouvidas

Militares da PJM, da GNR, alguns oficiais superiores, majores, sargentos e soldados sentam-se no banco dos réus ao lado do autor do furto, João Paulino, e outros oito supostos assaltantes. Quase todos quiseram falar. Falta ouvir mais de 80 testemunhas de defesa, mas já responderam às perguntas do tribunal mais de 100 testemunhas da acusação.

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LUSA/PAULO NOVAIS

O que aconteceu até agora?
O julgamento teve início em 2 de Novembro de 2020, menos de cinco meses depois de o juiz de instrução Carlos Alexandre ter confirmado todas as acusações contra todos os arguidos deduzidas pelo Ministério Público em Setembro de 2019. Das 113 testemunhas da acusação arroladas pelo Ministério Público, 106 já foram ouvidas, e 41 são inspectores, inspectores-chefes ou coordenadores da Polícia Judiciária ou da Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo (UNCT). Falta ouvir, entre outros, Paulo Lemos, conhecido como “Fechaduras”, que continua em parte incerta e sem ter sido notificado pelo tribunal nem localizado pelas polícias. “Fechaduras” foi convidado a participar no assalto mas não alinhou. Em vez disso colaborou com a PJ, pelo menos antes do furto, ao transmitir aos inspectores informações sobre os planos de João Paulino.

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