CP alerta para possíveis “atrasos e supressões” a partir de segunda-feira devido à greve
A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário, entre segunda-feira, dia 3 de Maio, até ao dia 17, do mesmo mês.
A CP alertou esta sexta-feira para a possibilidade de ocorrência de “atrasos e supressões” face à greve dos trabalhadores às horas extraordinárias, entre segunda-feira e 17 de Maio, apesar de prever realizar a “larga maioria” dos comboios.
“A CP - Comboios de Portugal informa que, por motivo de greve convocada por uma organização sindical, podem ocorrer algumas perturbações na circulação de comboios, no período de 03 a 17 de Maio de 2021”, indicou, em comunicado, a empresa.
Apesar de prever realizar a “larga maioria dos seus comboios”, a CP alertou para a possibilidade de ocorrência de “alguns atrasos e supressões, a nível nacional”.
Os clientes com bilhetes para viajar em comboios alfa pendular, intercidades, inter-regional e regional podem pedir o reembolso do valor total ou a sua revalidação, sem custos.
“A CP lamenta os incómodos causados aos seus clientes, recomendando a obtenção de informação sobre o estado da circulação de comboios através do contacto com os canais de informação da empresa”, notou.
Os trabalhadores do sector ferroviário vão estar em greve às horas extra a partir de segunda-feira e até 17 de Maio, reivindicando a valorização dos salários e melhores condições de vida.
Em 19 de Abril, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF), afecto à CGTP, entregou um pré-aviso de greve ao trabalho extraordinário entre as 00hda próxima segunda-feira e as 24h do dia 17 de Maio.
A estrutura sindical adiantou, em comunicado, que esta foi “uma das formas de luta discutidas nos contactos e plenários que se têm realizado”, nos quais os trabalhadores têm sido esclarecidos e mobilizados a dar resposta “à falta de propostas concretas” do Governo e da CP.
Na mesma nota, o sindicato acusou a administração da CP e o executivo de realizarem “manobras de diversão em negociações onde impera a chantagem e intransigência”, após a entrega do caderno reivindicativo, que prevê a revisão do acordo da empresa (AE), o “aumento das cláusulas de expressão pecuniária” e a subida dos salários.