Todas as manhãs, Aleksandr Dmitriev é acordado quando o felino de estimação, Messi, se aninha no seu pescoço. Messi adora ter o pelo escovado e divertir-se com um grande e macio brinquedo verde. A reviravolta na história? Messi é um puma. “Ele está tão ligado a mim como eu estou a ele”, afirma Dmitriev. “Já é uma parte da família e, talvez, o meu melhor amigo de sempre.”
Dmitriev e a mulher, Maria, ambos psicólogos a viver em Penza, uma cidade na Rússia Ocidental, compraram Messi há cinco anos, num petting zoo [um jardim zoológico que permite fazer festas a animais e alimentá-los] da cidade. Baptizado em homenagem ao jogador de futebol argentino Lionel Messi, o exótico felino nasceu num jardim zoológico, mas depois foi vendido ao petting zoo.
Quando o casal o comprou, o puma estava tão doente que mal podia caminhar. Dmitriev e a esposa tiveram de ensiná-lo a correr e a saltar. Outra questão: era preciso também estabelecer domínio. “Havia uma divisão das esferas de influência, de quem está no comando na nossa família, quem tem a palavra final”, explica Dmitriev. “Naquele momento, estávamos a tentar perceber a relação e eu acabei por vencer.”
O casal adaptou a casa para satisfazer as necessidades de Messi, transformando o hall de entrada num covil para o puma, com paredes revestidas de bambu para o felino exótico poder arranhar à vontade. Messi é popular na vizinhança e famoso nas redes sociais, contando já com milhões de seguidores no YouTube e no Instagram, depois de o casal ter começado a publicar fotos e vídeos do dia-a-dia com o animal.
Devido aos problemas de saúde que marcaram a sua infância, Messi é mais pequeno do que os pumas normais e nunca foi agressivo com seres humanos. No entanto, Dmitriev sabe os riscos que corre com este animal. “Se vives com um predador destes, um ataque é inevitável”, afirma. “Mais cedo ou mais tarde, quando atingir a puberdade, ele vai começar a questionar-se quem está no comando da casa e, nesta situação, vai testar a nossa força.”