Covid-19 em Portugal: mais duas mortes e 501 casos. Internamentos continuam a diminuir
Matriz de risco dá conta de um ligeiro aumento do índice de transmissibilidade e da incidência. O R(t) a nível nacional é de 1,06 e a incidência a 14 dias por cem mil habitantes é de 72,4 casos.
Portugal registou mais duas mortes e 501 novos casos de infecção pelo novo coronavírus (o que corresponde a um aumento de 0,06%), de acordo com os dados mais recentes da Direcção-Geral da Saúde (DGS).
Há menos 24 pessoas internadas nos hospitais portugueses, contabilizando-se agora um total de 423 pacientes hospitalizados com covid-19. Registam-se também menos sete pessoas com a doença em unidades de cuidados intensivos, num total de 109.
Divulgados no boletim desta quinta-feira da DGS, os dados correspondem à totalidade de quarta-feira. No total, o país contabiliza 16.933 óbitos por covid-19 e 829.358 casos confirmados desde Março.
Segundo os dados que constam do boletim, Lisboa e Vale do Tejo soma 38% dos novos casos reportados esta quinta-feira, tendo registado mais 188 infectados e nenhuma vítima mortal. Já a região norte contabiliza mais 156 casos (31%) e duas mortes por covid-19.
Recuperaram da doença mais 542 pessoas, contabilizando-se agora um total de 787.011 doentes recuperados. Há ainda a registar menos 43 casos activos de infecção, num total de 25.414.
Portugal encontra-se próximo da zona amarela da matriz de risco. Os rectângulos da matriz que colocamos no topo deste artigo ditam o avanço (ou recuo) das diversas fases do desconfinamento e combinam a incidência do vírus — o número de casos por cada 100 mil habitantes — com o índice da transmissibilidade, o R(t) — o número de casos de infecção a que uma pessoa com covid-19 dá origem. Se os indicadores chegarem à zona amarela ou vermelha, a reabertura da sociedade e da economia poderá ser travada ou revertida.
A matriz de risco foi actualizada nesta quarta-feira e dá conta de um ligeiro aumento tanto do índice de transmissibilidade como da incidência. O R(t) a nível nacional é de 1,06 e, no continente, é de 1,05. Já a incidência a 14 dias por cem mil habitantes é de 72,4 casos a nível nacional e 69 quando se analisam apenas os registos do território continental. Esta matriz de risco é actualizada às segundas, quartas e sextas-feiras.
As duas vítimas mortais identificadas nos dados desta quinta-feira incluem um homem e uma mulher com mais de 80 anos — a faixa etária mais afectada em termos de óbitos —, ambas na região norte. A taxa de letalidade da covid-19 em Portugal é de 2%.
O Norte contabiliza um total acumulado de 333.056 casos confirmados desde o início da pandemia, sendo a zona do país com maior número de infecções. Seguem-se Lisboa e Vale do Tejo, com 314.188 casos; o centro, com 117.995 casos (mais 73 em relação ao dia anterior); o Alentejo, com 29.486 casos (mais 21) e o Algarve, com 21.278 infectados (mais 32). O arquipélago dos Açores regista um total de 4436 casos de infecção (mais 16) e a Madeira contabiliza 8919 casos (mais 15).
Lisboa e Vale do Tejo regista 7179 mortes por covid-19 acumuladas desde Março e a região norte 5328. O centro mantém-se com 3004 mortes causadas pela doença, o Alentejo com 970 e o Algarve com 355 — estas três regiões não reportaram nenhuma vítima mortal esta quinta-feira, assim como os arquipélagos dos Açores e da Madeira, que se mantêm com um total de 29 e 68 mortes por covid-19, respectivamente.
Terceira fase de desconfinamento
O Governo decidirá, esta quinta-feira, se a terceira fase de desconfinamento avança na próxima segunda-feira, dia 19 de Abril, tal como está previsto. O plano prevê o regresso das aulas presenciais no ensino secundário e no superior, a reabertura de todas as lojas e centros comerciais, bem como de cinemas, teatros, auditórios e salas de espectáculos.
Deverão também reabrir os restaurantes, cafés e pastelarias, embora com um máximo de quatro pessoas nas mesas no seu interior ou seis, por mesa, em esplanadas, e serão autorizados os eventos exteriores e casamentos e baptizados com diminuição de lotação.
Porém, está a ser analisada a necessidade de travagem do plano de desconfinamento em algumas zonas em risco, assim como (embora mais remota) a possibilidade de ser todo o país a não avançar para a terceira fase.