Há mais seis concelhos com baixa incidência de covid-19. Saiba como está o seu

Há 26 concelhos com uma incidência superior a 120 novos casos de infecção por 100 mil habitantes a 14 dias. De 17 a 30 de Março, 55 municípios de Portugal não registaram qualquer novo caso.

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O número de concelhos abaixo do limite de incidência definido pelo Governo para avançar com o plano de desconfinamento continua a diminuir. Há 26 concelhos com uma incidência superior a 120 novos casos de infecção por 100 mil habitantes a 14 dias, de acordo com os dados da Direcção-Geral da Saúde (DGS) divulgados no boletim desta segunda-feira. São menos seis do que na semana passada.

Dos 32 municípios que estavam acima do limite no relatório anterior, 18 continuaram acima do limite num dos indicadores da matriz de risco definida pelo Governo: ou seja, 14 passaram a registar menos de 120 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias e seis viram um aumento da incidência cumulativa para valores superiores à linha definida.

Os dados divulgados esta segunda-feira estão em linha com o que foi apresentado por António Costa a 1 de Abril. O primeiro-ministro acautelou que havia 19 concelhos acima dos 120 novos casos por 100 mil habitantes, um número que dizia respeito apenas a municípios de Portugal continental – somando os das ilhas, são os tais 26 apresentados esta segunda-feira.

Segundo o relatório, no período entre 17 e 30 de Março houve 55 concelhos de Portugal que não registaram qualquer novo caso, mais seis do que na última actualização. Dos 55, mais de metade (58%) já não tinham notificado qualquer novo caso na semana passada.

A incidência manteve-se inalterada ou diminuiu em dois terços dos concelhos do país (205, cerca de 67%): diminuiu em 141 e não teve variações em 64, dos quais metade já não tinha registado qualquer novo caso entre 10 e 23 de Março.

O município com maior incidência cumulativa a 14 dias é o Machico, com 500 novos casos por 100 mil habitantes, tendo registado uma descida face à semana anterior (601 novos casos por 100 mil habitantes na semana anterior). Continua a ser o único território nacional no nível de incidência que anteriormente era considerado de risco “muito elevado” de infecção pelo novo coronavírus.

Ao Machico seguem-se Moura (474 novos casos por 100 mil habitantes), Rio Maior (334), Odemira (316), Portimão (308), Carregal do Sal (302) e Ribeira de Pena (283), os únicos com incidência superior a 240 novos casos por 100 mil habitantes.

A lista de descidas mais acentuadas de incidência cumulativa é liderada por Alcoutim (Faro), que desceu de 417 para 48 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias (menos 371). Segue-se Belmonte (menos 188), Castelo de Vide (menos 171), Ribeira Brava (menos 161) e Golegã (menos 113).

A variação real de novos casos nestes territórios é significativamente mais reduzida: sendo concelhos com populações pouco numerosas, um surto de dimensão reduzida pode contribuir para um valor muito alto de incidência cumulativa, que “corresponde ao quociente entre o número de novos casos confirmados nos 14 dias anteriores ao momento de análise e a população residente estimada”. Este indicador é o método utilizado pela DGS para comparar municípios com diferentes realidades populacionais.

Segundo os últimos dados, o indicador R(t) (o índice de transmissibilidade da doença) nacional fixa-se nos 0,98, mas analisando apenas Portugal continental este indicador sobe para 1. Na última actualização deste indicador, feita na sexta-feira, o valor nacional do R(t) era de 0,97.

Já a incidência a 14 dias por cem mil habitantes fixa-se em 62,8 novos casos se for considerado todo o país. O continente regista um valor ligeiramente abaixo: 60,9 novas infecções por cem mil habitantes, valor que também representa um decréscimo em relação à actualização anterior (62,9 casos).

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