Morreu Almeida Henriques, presidente da Câmara de Viseu, vítima de covid-19

Internado há um mês, Almeida Henriques morreu esta manhã, aos 59 anos.

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LUSA

O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, morreu, na madrugada deste domingo, vítima de covid-19, aos 59 anos. Internado há um mês no Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Almeida Henriques viu o seu estado de saúde agravar-se nos últimos dias, não tendo resistido a uma infecção respiratória provocada pelo novo coronavírus.

À frente da autarquia há dois mandatos, Almeida Henriques foi um dos nomes anunciados recentemente pelo secretário-geral do PSD, José Silvano, para protagonizar uma nova candidatura à câmara que se mantém em mãos sociais-democratas consecutivamente desde 1989.

Advogado de profissão, António Almeida Henriques nasceu em Viseu, em Maio de 1961. Na presidência do município viseense, sucedeu a Fernando Ruas, que ocupou o cargo durante 24 anos, metade dos quais acumulando funções com a presidência da Associação Nacional de Municípios Portugueses.

Em 2013, Almeida Henriques candidatou-se pela primeira vez e ganhou as eleições com 46,37% dos votos, voltando a ser eleito quatro anos depois, com a mesma percentagem. A recandidatura a um terceiro e último mandato estava garantida pela direcção nacional do PSD.

Antes de ser presidente de câmara, Almeida Henriques passou pelo Governo de Pedro de Passos Coelho de quem foi secretário de Estado Ajunto da Economia e do Desenvolvimento Regional entre Junho de 2011 e Abril de 2013. Antes tinha sido deputado na Assembleia da República (de 2002 a 2011) e presidente da Associação Industrial da Região de Viseu (de 1994 a 2002) e vice-presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (entre 2005 e 2010).

Em declarações ao PÚBLICO, o vereador Jorge Sobrado (que actualmente não tem pelouros na autarquia) diz que “a partida de Almeida Henriques é irreparável e faz de Viseu uma cidade órfã”. Para o também autarca, o seu guião fica incompleto, “mas a memória do seu pensamento e acção merece ser preservada e defendida”.

“A sua liderança e o seu projecto representaram uma viragem de modernidade transformadora no concelho, que é agora interrompida brutalmente. Ele foi o intérprete de uma cidade de presente e de futuro, mais humana, mais económica, mais cultural, e foi um dos mais notáveis autarcas da sua geração”, acrescenta. 

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