Advogada de Rosa Grilo e ex-inspector da PJ acusados de simulação de crime e detenção de arma proibida
Segundo a acusação do Ministério Público, Tânia Reis e João Sousa apoderaram-se, “de forma não concretamente apurada”, de dois invólucros dos projécteis provenientes de munições da arma de António Joaquim para tentar alterar o rumo do julgamento.
Tânia Reis, advogada de Rosa Grilo e o ex-inspector da Policia Judiciária (PJ), João Sousa, foram acusados esta semana, num processo paralelo ao do homicídio do triatleta Luís Grilo, dos crimes de simulação de crime, detenção de arma proibida e favorecimento pessoal, noticiou a TVI.
Segundo a acusação do Ministério Público, a que o PÚBLICO teve acesso, a advogada e o ex-inspector apoderaram-se, “de forma não concretamente apurada”, de dois invólucros dos projécteis provenientes de munições já deflagradas e ainda de dois fragmentos de bala que distribuíram como provas pela casa, onde ocorreu o homicídio de Luís Grilo, para alterarem o rumo do julgamento. Depois chamaram a GNR e a comunicação social.
O material que alegadamente usaram para forjar a cena do crime, segundo a acusação, era proveniente da arma do amante de Rosa Grilo, o funcionário António Joaquim, absolvido em primeira instância do homicídio, mas condenado a seguir pelo Tribunal da Relação de Lisboa.
Nas buscas que tinha feito à casa dois anos antes, em Setembro e Outubro de 2018, a Polícia Judiciária não se tinha deparado com estes vestígios – segundo alegou a defesa de Rosa Grilo, por incompetência.