Benfica brilha frente a um Boavista reduzido a dez

Sabendo aproveitar a vantagem numérica, os “encarnados” fizeram uma das melhores exibições da temporada. Ganharam por dois golos, mas poderiam ter sido muitos mais.

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LUSA/TIAGO PETINGA
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Jorge Jesus disse que o Benfica já está a entrar no ritmo certo, depois do surto de covid-19 que assolou o plantel “encarnado” e, pelo que se viu neste sábado, é possível que as próximas semanas lhe dêem razão.

O Benfica conseguiu um triunfo (2-0) frente ao Boavista, em jogo da ronda 23 da I Liga. Com este resultado, os “encarnados” igualam os 48 pontos do FC Porto (que jogará neste domingo frente ao Paços) e ficam a um ponto do Sp. Braga (que jogará na segunda-feira frente ao Famalicão). Já o Boavista continua em 15.º lugar, mas pode terminar a jornada de regresso à zona de descida de divisão.

Na Luz, num jogo que pôde ser preparado numa semana inteira, a exibição do Benfica foi convincente e o triunfo nunca esteve em causa. E este seria o Benfica idealizado por Jorge Jesus – o que surgiu na Luz e que já tinha surgido durante 20 minutos frente à Belenenses SAD, mas que ainda não tinha aparecido consistente e continuamente em sete meses de trabalho.

É certo que o Benfica jogou, frente ao Boavista, em superioridade numérica desde os 4’, mas nem sempre o 11 contra 10 é uma vantagem óbvia – defensivamente, a equipa em inferioridade acaba por manter o seu bloco intacto, perdendo apenas presença no ataque.

Mas o Benfica, que não sofre golos há quatro jogos, soube explorar a vantagem. Foi dinâmico e rápido, fazendo correr o bloco adversário, e criou lances suficientes para golear o Boavista.

Chidozie saiu cedo

Este jogo acabou por ficar inevitavelmente marcado pela expulsão de Chidozie, logo aos 4’. Waldschmidt rodou à entrada da área e, isolado, foi carregado pelo central. Não houve penálti e cartão amarelo, como inicialmente apontou Manuel Mota, mas sim livre directo e cartão vermelho, depois da acção do VAR.

Boavista com menos um jogador e o 5x3x2 montado por Jesualdo Ferreira tornou-se, surpreendentemente, um 4x4x1. O técnico optou por mudar o sistema, em vez de fazer entrar um jogador para restituir a linha defensiva a cinco, e os “axadrezados” sentiram, possivelmente, os efeitos dessa mudança de plano.

Preparados para o bloco a cinco, os portuenses estiveram constantemente atrasados na chegada ao portador da bola e a linha defensiva descoordenada com a linha média. Se a isto juntarmos a tremenda dinâmica do Benfica temos um “cocktail” de futebol ofensivo por excelência.

Naquela que foi, possivelmente, a melhor primeira parte da temporada na Luz, o Benfica somou lances de combinações curtas, triangulações, jogadas pelos dois corredores, soluções entre linhas, cruzamentos e até lances de profundidade.

Fazendo um pouco de tudo, com tremenda variabilidade, o Benfica somou vários lances de finalização. Veríssimo (15’), Waldschmidt (21’), Rafa (27’ e 47’), Otamendi (37’) e Taarabt (40’) tiveram os seus lances, por vias diferentes, mas foi Seferovic o homem em foco.

Começou por fazer cinco remates, três deles em excelente posição, mas voltou a mostrar o que tem mostrado desde que chegou ao Benfica: boas movimentações, mas incapacidade na finalização. O pináculo foi na jogada em que Diogo Gonçalves cruzou, aos 38’, e o suíço cabeceou fraco, em posição de golo.

Mas redimiu-se pouco depois. Aos 43’, o lateral português voltou a confiar em Seferovic, desta feita pelo chão. Vindo “embalado” de trás, criou na direita e cruzou para o suíço, que “só” encostou perto da linha de baliza – má marcação de Reggie Cannon.

Seis minutos após o intervalo, a “sociedade” repetiu-se. Com espaço na direita, Diogo Gonçalves fez mais um grande cruzamento e, ao terceiro remate de cabeça no jogo, Seferovic fez o que não tinha feito nas ocasiões anteriores.

Benfica em vantagem por 2-0 e o jogo perdeu algum interesse. Com vantagem confortável e superioridade numérica, Jorge Jesus fez três alterações e a equipa reduziu a intensidade, até pela quebra física (natural) de um Boavista a jogar com dez desde os 4’.

Só aos 75’ voltou a haver coisas para contar. Everton cruzou, Veríssimo cabeceou ao poste e Seferovic, na recarga, fez o hat-trick. Fê-lo durante uns instantes, até o VAR analisar o lance e sugerir a anulação, por fora-de-jogo.

Darwin ainda falhou uma boa oportunidade de golo, tal como Chiquinho, mas o Benfica pouco se importou com o desperdício. O Boavista estava mais do que subjugado.

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